Re: [OT] kernel, núcleo, cerne e quernel (era "ao moderador desta lista")
No dia 03/01/2004 às 13:34,
Sávio Ramos <savio.debian@terra.com.br> escreveu:
> "Web" não tem jeito: é "internete" mesmo...
Se bem que prefiro o termo 'internete', como qualquer ligação comunicativa
entre aparelhos de informática, seja qual for o protocolo; 'Web' como o
conjunto de sítios da internete.
> Poluição? Creio que não, afinal nos EUA "mouse" significa rato e aparelho de
> informática. Por que aqui não poderia ser a mesma coisa?
Porque é ruim, ou pelo menos não é o ideal. Quanto mais significados uma
palavra agrega, mais confusa em ambígua ela se torna, requerendo mais um
recurso para defini-la: o contexto.
> Com certeza a língua vai se tornando mais complexa a medida que temos que
> falar de coisas novas e da necessidade de precisão destas coisas. Está aí a
> grande questão a ser resolvida por nós, brasileiros: este conhecimento não
> foi produzido aqui, cabe a nós adapta-los com esforço de entendimento e não
> rebate-los de bate-pronto sem processamento mental.
> Resumindo: temos que recriar e não engolir o que vem de fora. Esta questão
> já vai fazer cem anos e não demos conta dela...
Podemos recriar sim, inventar palavras novas para definir coisas novas. Agora,
redefinir significados pode tornar uma palavra demasiadamente genérica. Temos
que levar em consideração que a língua portuguesa não é nada original, nasceu
basicamente do latim. Qual o problema de agora nos inspirarmos na língua
inglesa? Digo a inglesa porque geralmente os termos tocantes à tecnologia são
criados primeiramente lá, criar palavras independentes ou inventar composições
acrobáticas (do tipo "página de acolhimento pessoal") soam como algo fútil e
desnecessário.
--
Douglas Augusto
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