[Date Prev][Date Next] [Thread Prev][Thread Next] [Date Index] [Thread Index]

Re: traduzir ou nao, eis a questao



Luciano Macedo Rodrigues escreveu isso aí:
[corta]
> > Errado. Eu sou um usuário comum e estou "me lixando sobre o que é
> > threads". Conheço outras pessoas que também estão se lixando prá
> > isto. Generalizar opiniões a partir de nossa própria ou do estreito
> > universo que nos circunda pode ser uma boa estratégia retórica mas não
> > colabora com a discussão.
> > 
> 
> Então você se contradiz, usando os teus "**eu**". E você mesmo disse
> que é errado, mas você é um dos usuários que citei, e conhece outros
> também que o são. Mostre-me um caso contrário ao que falei, e você
> terá provado que estou errado.

Pense comigo: Um falante de inglês que não é técnico de informática lê
"threads" e entende "linha" (o conceito de linha, sequência), que é a
tradução no dicionário inglês/português para thread.

Um falante de inglês que não sabe o que é um computador lê "mouse" e
entende "rato" (o animal, eventualmente nojento :-)).

Porque temos que usar termos que são metáforas (e que fora da
informática significam outras coisas) em inglês como se fossem
intraduzíveis? Será que nós somos -- que somos a razão desse
não-traduzir de termos -- somos incapazes de associar a palavra "rato"
no contexto de informática àquele trocinho que comando um cursor na tela
e que nos foi apresentado como "mouse"

É claro que a literatura em inglês contribui para isso, e é indiscutível
que coisas assim estão enraizadas na gente (sim, estão), mas meu ponto
é: qual a real necessidade de usar tais termos em inglês?

A gente pode até convencionar alguns termos como intraduzíveis, mas acho
que isso não é necessário.  "Mouse" (e semelhantes) é tão "povão" que eu
acho que nem vale à pena traduzir mesmo. :-( Mas acho que coisas
técnicas bem específicas merecem uma traduçãozinha sim. Mesmo que a
gente tenha que colocar o termo original entre parênteses.

[corta]

> Eu disse que estava certo na forma de expressão que eu queria passar,
> não no conteúdo. Esse teu comentário é ótimo pra iniciar um flame.
> Recebi um e-mail do Antônio dizendo que eu tinha iniciado um flame
> aqui. Será? Ou vocês não estão querendo aceitar minha opinião?
> 
> Essa é a minha forma de lidar com as coisas, foi um pouco
> "revolucionária", mas pelo menos chamei a atenção da lista pra causa.
> O Antônio também falou em "clima chato" que ficou. Não estou aqui
> discutindo ou xingando vocês na frente do computador enquanto escrevo
> isso. Estou pensando como posso fazer para que eu seja entendido e as
> traduções do Debian fiquem melhor. Pra mim não há inimizade, somos
> apenas mais uma comunidade discutindo um assunto, e é normal que
> aparecem divergências. Aconteceu já entre DDs como o Matthew Garrett e
> MJ Ray sobre licenças, com o Norbert Tretkowski e o Marco d'Itri, acho
> que é normal.

Admito que levei a coisa meio pessoal, afinal fui em quem começou essa
onda toda colocando "processos leves" como tradução de threads (que por
sinal o meu professor de SO usava sem nenhum constrangimento e eu nunca
vi problema nisso).

Mea culpa. Abstraia.

> Agora, eu estive pronto pra aceitar o que tu falou. Estaria tu pronto
> pra aceitar o que eu estou falando?

Acho que às vezes esse assunto é quase da classe de "futebol e
religião". Mas vamos ver até aonde a gente vai.
 
> PS: só gaúcho discute aqui tchê, mas que barbaridade (eu, Márcio e Antônio)

Opa, opa, opa. Eu só estudo no II, mas não sou gaúcho não.  O Rio Grande
so Sul é uma terra bonita, gosto daqui, mas estou só de passagem. :-)


> Luciano "sp00ky" Rodrigues
> 

-- 
Antonio S. de A. Terceiro <asaterceiro@inf.ufrgs.br>
http://www.inf.ufrgs.br/~asaterceiro




Reply to: