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Re: [OT] Quérnel, kernel, etc. ad nauseum...



Em  Fri, 13 Feb 2004 16:37:14 -0200
Savio Ramos <savio.debian@terra.com.br> escreveu:

> On Fri, 13 Feb 2004 15:09:32 -0200
> Leandro Ferreira <leandro@androle.pro.br> wrote:
> 
> > A língua portuguesa seria muito pobre sem os estrangeirismos. A começar
> > das palavras derivadas de termos indígenas. Imagine não dizer mais
> > pipoca, pacaembu, ipanema, etc. São palavras de origem indigena, não
> > faziam parte do portugues de portugal. E hoje fazem parte da nossa
> > língua. Isso acontece com todas as línguas e não há nada de mal nisso.
> 
> O problema é como se faz estas adaptações. Vejamos um exemplo, a palavra
> "mídia".
> 
> Pequena história que não está no dicionário. Há 2500 anos os gregos
> discutiram sobre o tema comunicação e lançaram a idéia de "emissor ->
> meio -> receptor". Estes textos foram traduzidos para o latim e a
> discussão continuou. No final do século XIX os falantes da língua inglesa
> retomaram a discussão e pegaram o termo "meio" que estava em latim:
> "media".
> 
> Os anglófanos pronunciam o "e" com som de "i" daí nos ouvirmos o som
> "mídia" e não "média".
> 
> Resumo da ópera: traduzimos para o português uma palavra que já estava na
> nossa língua há uns 800 anos com o mesmo significado que os americanos
> atribuem a mesma, só para ficar "bonitinho"...
> 
> Somos ou não um povo com baixa estima? Tudo que vem de fora é melhor. Até
> o que já nos pertence...

Não concordo que isso seja sintoma de baixa estima. Na França acontece o
mesmo, só que lá criaram leis para impedir isso. Li que vc é multado se
coloca cartazes ou "outdoor" com palavras em inglês.

O que ocorre é que temos modismos. Até mesmo em português.
Na  minha cidade quando saiamos para festas, bares noturnos, etc.,
diziamos, na minha época, que "iamos para a noite", ou "iamos para a
festa". Hoje se diz "vou para a balada", só porque a Globo/MTV divulgam
isso. Eu acho ridículo dizer "balada" em lugar de festa. Mas...eu sou
apenas um, e a maioria vence.

Agora, concordo com vc, há muitas coisas ridículas, tipo, xampu "head and
shoulders" (não sei se está escrito corretamente), coffe-break, job, etc.

Veja o caso da AIDS. Em todos os países de língua latina se diz SIDA. Aqui,
usamos o anglicismo. E o DNA? 

TODOS dizem DNA e nem lembram que em portugues seria ADN.

Não defendo o uso indiscriminado de anglicismos, apenas defendo o
informatiquês, porque IMHO (tá vendo, outro anglicismo!) facilita a vida.

Um abraço

Leandro




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