Re: Status das traduções
Leonardo Boiko wrote:
Não se preocupem, estou anotando tudo.
Mas, correndo o risco de iniciar uns flames, quero me opor à
contextualização -- pelo menos, ao exagero.
:-(
Por quê? Considere a seguinte situação. Como todos sabem,
ambientação traduzida completa é um sonho distante. Imagine um programador
brasileiro qualquer, que jogou bastante videogame e aprendeu a ler
inglês. Ele instala um pacote que está com a descrição e potfile
traduzidos, mas a documentação e o website não. Ele terá que
"adivinhar" qual tradução corresponde à qual expressão em inglês.
Por exemplo, digamos que a descrição fale em "repositório" e o potfile
"arquivo". O usuário vai ter que adivinhar que os dois se referem à
mesma coisa.
Acho que todos aqui já passaram por isso, certo?
Uma forma de resolver isso é um dicionário bi-direcional, sincronizando
português->inglês e inglês<-português. Ou mais línguas ainda :-)
Sendo mais claro, não devemos nos preocupar apenas com clareza na tradução
inglês > português. Devemos pensar também na facilidade de "adivinhação"
português > inglês!
De fato, contextualização é necessária. Eu só acho que deveríamos mudar
nossa visão de "vamos contextualizar tudo" para "vamos tentar alcançar a
máxima clareza objetiva (contextualizar o mínimo possível)".
?
Realmente não entendi bem o raciocínio. Veja se é isso: Devemos evitar criar
múltiplas opções de tradução de acordo com diversos contextos, e tentar sempre
traduzir termo a termo.
A contextualização que eu sugiro refere-se à inclusão e ao uso de exemplos de
contexto no dicionário de termos a ser desenvolvido. Não acho muito útil ainda
outra ("yet another") tabela inglês->português (inclusive porque seu uso
"automático" pode levar à falta de clareza, com traduções truncadas ou
construções não usuais em português).
Aproveito para ressuscitar uma idéia de alguns meses atrás:
"
Uma coisa que eu estava pensando era o seguinte. Temos três níveis de
abrangência para padronizar o vocabulário:
1. Termos gerais de informática
2. Termos usados frequentemente no universo do software livre e distribuições
GNU/Linux
3. Termos específicos ao Debian
O nível 1 é um trabalho enorme para padronizar. Para nossa infelicidade,
coloquialmente (em listas de discussão, conversas entre "técnicos", etc...) aqui
se cometem as maiores atrocidades. Por outro lado, os livros traduzidos do
inglês editados por aqui no geral também cometem impropriedades principalmente
pela falta de revisão técnica adequada. E por fim temos a imprensa
"especializada" e o vocabulário que a grande massa de usuários acaba incorporando.
No nível 2 devemos entrar em consenso com o pessoal do ldp-br.
O nível 3 depende exclusivamente de nós :-)
Acho que devemos começar procurando exatamente tais termos e expressões
recorrentes nos documentos sobre o Debian. Quando encontro termos nas traduções
de descrições que tenho feito que remetam a algum componente ou ferramenta do
Debian, costumo consultar as páginas traduzidas no debian.org e os documentos já
traduzidos e revisados no debian-br.
"
Essa idéia apareceu na seguinte "thread" (como traduzir isso?) em que também
foram levantados outros pontos interessantes:
http://lists.debian.org/debian-l10n-portuguese/2001/debian-l10n-portuguese-200109/threads.html
Começa na quarta mensagem: En: Tradução de Descrição de Pacotes João Alberto
Me parece necessário ao Projeto Debian ter um dicionário (Glossário talvez?) de
termos próprios englobando todas as línguas para padronização internacional.
Então tenham sempre em mente que se fizermos um bom desenho e implementação para
um dicionário de termos contextualizado, o ideal é que ele seja reaproveitável
pelos times de internacionalização para as diversas línguas.
Abraços,
Luis Alberto.
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