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Re: [Off-Topic] Texto para reflexão: Geração Ubuntu e a morte do movimento Software Livre no Brasil



Eu também não tenho, e ainda temos que aturar pessoas vindo aqui nesta lista falando da
importância das discussões que ocorrem em uma plataforma privada de código fechado

Pior que isso é ver eventos como o FISL centrarem as suas comunicações nestes lugares e terem
aberrações como isto:

http://www.softwarelivre.org/fisl

Vejam todos os links presentes nesta página hospedada em softwarelivre.org .

O que podemos esperar?

Nisto quebro o argumento do Diego Neves e do Hélio colocados em outra postagem na qual eles
afirmam que usam estes meios pra trazer gente pro software livre.

Na verdade, estão levando pessoas do software livre pra lá, inclusive eles mesmos estão se
iludindo centralizando toda a informação lá em detrimento de plataformas abertas.




Alessandro Bandeira Duarte escreveu:
>
> Não há nenhum mimimi, apenas a constatação já pronunciada por Stalmman
> por conta do free open moviment, uma espécie de quinta coluna. No mais,
> triste é ver usuário querendo instalar o office no "UBUNTO", porque ele
> é livre para instalar qualquer coisa.....
>
> A mídia fundiu a cuca desses moleques!
>
>
>
> Em 10-02-2014 07:56, "Éder S. G. (Jordan)" escreveu:
> > Geração Ubuntu: a morte do movimento Software Livre no Brasil
>
> > Autor: Anahuac
> > Data: 09/02/2014
>
> > Esta é uma constatação dolorida, triste, daquelas que deixam marcas na
> > alma, como toda morte: o movimento Software Livre morreu. Ao menos no
> > Brasil. Não me entenda mal, estou me referindo ao movimento, não há
> > mais movimento, não há mais ativismo organizado. Alguns “quixotes”
> > continuam na sua ébria redoma de purismo atacando os moinhos de vento,
> > nada mais.
>
> > Em meados da primeira década do século XXI, a FSF e uma série de
> > visionários vislumbraram um futuro onde o Ubuntu se popularizava de tal
> > forma que muitos usariam GNU/Linux sem nem mesmo saber o que era isso.
> > Alertaram a todos sobre os riscos da quantidade e disseminação
> > desqualificada, ou seja, muito Linux e pouco GNU, muito uso e pouco
> > entendimento, muito código e pouca filosofia, muito compartilhamento e
> > pouca liberdade: o triunfo do Open Source sobre o Free Software.
>
> > Uma década se passou e eles, para variar, estavam certos. O poder
> > corruptor do mercado suavizou o discurso progressista, arrefeceu os
> > corações dos mais apaixonados e tornou em inertes complacentes até os
> > radicais livres!
>
> > O movimento Software Livre no Brasil não conseguiu criar uma nova
> > geração de visionários filósofos do conhecimento livre. Tachados de
> > “xiitas”, intransigentes, ditadores da liberdade, agressivos, impacien-
> > tes, comunistas, socialistas e extremistas, foram convidados todos,
> > sistematicamente, a se retirar da sala com seu inconveniente elefante
> > branco chamado liberdade.
>
> > Periódicos, entrevistas, blogs especializados ou não se revezaram, sem
> > tréguas, a deixar claro que Linux era uma excelente escolha de mercado,
> > mas o GNU, a GPL, a FSF e quaisquer que insistissem em empurrar a linha
> > além do campo técnico, estava sendo inconveniente, indesejado, chato.
>
> > Uma nova geração de fantásticos desenvolvedores surgiu, foi educada e
> > encontrou seu lar nos moldes do Bazar, nas metodologias emaranhadas de
> > desenvolvimento, usando Ubuntu, e as “revolucionárias” redes sociais. A
> > nuvem fez o resto. A massificação do acesso às mídias de massa através
> > de redes privadas como o Facebook conquistou os corações e mentes dos
> > últimos bastiões da já velha filosofia libertária. Sem novos
> > cavaleiros, a távola não precisa mais ser redonda. Na verdade, a
> > távola, não precisa sequer existir.
>
> > O movimento foi transformado em uma comunidade. Somos um grupo de
> > pessoas distintas, com ideias e objetivos distintos, dispostos a ser
> > complacentes com os menos esclarecidos e especialmente com os mais
> > esclarecidos. Hoje parece não haver mais nenhuma incompatibilidade em
> > ser ferrenho defensor do Software Livre e usuário de tecnologias
> > absolutamente proprietárias como iPhone, iPad ou até mesmo Windows.
> > Viramos apenas “os caras do Linux”. Não somos mais ameaça nenhuma.
>
> > Enfurnados às centenas nas redes sociais privadas, compartilhando
> > nossas ideias e conhecimentos no Facebook, Skype e Gmail, parece não
> > haver mais nenhum constrangimento em ser defensor da privacidade e da
> > democratização do conhecimento tecnológico. Somos contra todo tipo de
> > opressão, até mesmo aquela que aponte nossa absoluta incoerência e
> > complacência com aqueles governos e empresas que deveríamos combater.
>
> > As fileiras de hackers que iam mudar o mundo, mudaram seus endereços
> > de e-mail para gmail.com, esvaziaram as listas de discussão livres e
> > abarrotam curtidas no Facebook. Quanto orgulho! quanta alegria!
> > Finalmente somos apenas mais um dos subgrupos de anormais digitais,
> > assim como tantos outros. Nem mais, nem menos que os gamers, web
> > designers ou dba’s. Somos os “linuxers”.
>
> > Projetos de softwares continuarão a ser desenvolvidos de forma
> > colaborativa, sem dúvida. Os grupos de usuários continuarão a se
> > encontrar e os eventos continuarão a disseminar, mas será apenas a
> > forma, sem conteúdo, sem alma, sem gana.
>
> > Deveríamos ter mais GNU e menos Linux, mais Zimbra e menos Gmail,
> > mais Duckduckgo e menos Google, mais Diáspora e menos Facebook. Nós
> > íamos mudar o Mundo, mas foi ele quem nos mudou. Sejam todos bem-vindos
> > à Comunidade Software Livre! O movimento está parado no Face, usando
> > Gmail, à bordo do novo Ubuntu e gritando: me deixem em paz!
>
> > Fonte: http://www.anahuac.eu/?p=335
>
>
>
> > No mais, desejo-lhes uma excelente semana!
>
> > Atenciosamente,
>
> > --
> > Éder S. G. (Jordan)
> > E-mail: ederjordan@yahoo.com.br - edersg@vm.uff.br



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