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Re: [Off-Topic] Texto para reflexão: Geração Ubuntu e a morte do movimento Software Livre no Brasil



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Não há nenhum mimimi, apenas a constatação já pronunciada por Stalmman
por conta do free open moviment, uma espécie de quinta coluna. No mais,
triste é ver usuário querendo instalar o office no "UBUNTO", porque ele
é livre para instalar qualquer coisa.....

A mídia fundiu a cuca desses moleques!



Em 10-02-2014 07:56, "Éder S. G. (Jordan)" escreveu:
> Geração Ubuntu: a morte do movimento Software Livre no Brasil
>
> Autor: Anahuac
> Data: 09/02/2014
>
> Esta é uma constatação dolorida, triste, daquelas que deixam marcas na
> alma, como toda morte: o movimento Software Livre morreu. Ao menos no
> Brasil. Não me entenda mal, estou me referindo ao movimento, não há
> mais movimento, não há mais ativismo organizado. Alguns “quixotes”
> continuam na sua ébria redoma de purismo atacando os moinhos de vento,
> nada mais.
>
> Em meados da primeira década do século XXI, a FSF e uma série de
> visionários vislumbraram um futuro onde o Ubuntu se popularizava de tal
> forma que muitos usariam GNU/Linux sem nem mesmo saber o que era isso.
> Alertaram a todos sobre os riscos da quantidade e disseminação
> desqualificada, ou seja, muito Linux e pouco GNU, muito uso e pouco
> entendimento, muito código e pouca filosofia, muito compartilhamento e
> pouca liberdade: o triunfo do Open Source sobre o Free Software.
>
> Uma década se passou e eles, para variar, estavam certos. O poder
> corruptor do mercado suavizou o discurso progressista, arrefeceu os
> corações dos mais apaixonados e tornou em inertes complacentes até os
> radicais livres!
>
> O movimento Software Livre no Brasil não conseguiu criar uma nova
> geração de visionários filósofos do conhecimento livre. Tachados de
> “xiitas”, intransigentes, ditadores da liberdade, agressivos, impacien-
> tes, comunistas, socialistas e extremistas, foram convidados todos,
> sistematicamente, a se retirar da sala com seu inconveniente elefante
> branco chamado liberdade.
>
> Periódicos, entrevistas, blogs especializados ou não se revezaram, sem
> tréguas, a deixar claro que Linux era uma excelente escolha de mercado,
> mas o GNU, a GPL, a FSF e quaisquer que insistissem em empurrar a linha
> além do campo técnico, estava sendo inconveniente, indesejado, chato.
>
> Uma nova geração de fantásticos desenvolvedores surgiu, foi educada e
> encontrou seu lar nos moldes do Bazar, nas metodologias emaranhadas de
> desenvolvimento, usando Ubuntu, e as “revolucionárias” redes sociais. A
> nuvem fez o resto. A massificação do acesso às mídias de massa através
> de redes privadas como o Facebook conquistou os corações e mentes dos
> últimos bastiões da já velha filosofia libertária. Sem novos
> cavaleiros, a távola não precisa mais ser redonda. Na verdade, a
> távola, não precisa sequer existir.
>
> O movimento foi transformado em uma comunidade. Somos um grupo de
> pessoas distintas, com ideias e objetivos distintos, dispostos a ser
> complacentes com os menos esclarecidos e especialmente com os mais
> esclarecidos. Hoje parece não haver mais nenhuma incompatibilidade em
> ser ferrenho defensor do Software Livre e usuário de tecnologias
> absolutamente proprietárias como iPhone, iPad ou até mesmo Windows.
> Viramos apenas “os caras do Linux”. Não somos mais ameaça nenhuma.
>
> Enfurnados às centenas nas redes sociais privadas, compartilhando
> nossas ideias e conhecimentos no Facebook, Skype e Gmail, parece não
> haver mais nenhum constrangimento em ser defensor da privacidade e da
> democratização do conhecimento tecnológico. Somos contra todo tipo de
> opressão, até mesmo aquela que aponte nossa absoluta incoerência e
> complacência com aqueles governos e empresas que deveríamos combater.
>
> As fileiras de hackers que iam mudar o mundo, mudaram seus endereços
> de e-mail para gmail.com, esvaziaram as listas de discussão livres e
> abarrotam curtidas no Facebook. Quanto orgulho! quanta alegria!
> Finalmente somos apenas mais um dos subgrupos de anormais digitais,
> assim como tantos outros. Nem mais, nem menos que os gamers, web
> designers ou dba’s. Somos os “linuxers”.
>
> Projetos de softwares continuarão a ser desenvolvidos de forma
> colaborativa, sem dúvida. Os grupos de usuários continuarão a se
> encontrar e os eventos continuarão a disseminar, mas será apenas a
> forma, sem conteúdo, sem alma, sem gana.
>
> Deveríamos ter mais GNU e menos Linux, mais Zimbra e menos Gmail,
> mais Duckduckgo e menos Google, mais Diáspora e menos Facebook. Nós
> íamos mudar o Mundo, mas foi ele quem nos mudou. Sejam todos bem-vindos
> à Comunidade Software Livre! O movimento está parado no Face, usando
> Gmail, à bordo do novo Ubuntu e gritando: me deixem em paz!
>
> Fonte: http://www.anahuac.eu/?p=335
>
>
>
> No mais, desejo-lhes uma excelente semana!
>
> Atenciosamente,
>
> --
> Éder S. G. (Jordan)
> E-mail: ederjordan@yahoo.com.br - edersg@vm.uff.br
>
>

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