Xingar os outros é fácil. Difícil é ganhar dinheiro com software livre.
Não me refiro a fazer servicinho por aí, mas ter uma empresa com estratégia baseada em software livre e faturando seu primeiro milhão.
Red Hat fez isso. Depois a Suse fez isso. IBM, HP, etc. Agora a Canonical está fazendo isso.
Enquanto a maioria das pessoas que vive de software livre não tem a menor idéia de como tornar isso uma realidade rentável - e uma grande maioria vive de trabalhos em órgãos governamentais, não no mundo empresarial - algo como 15 a cada 10 pessoas, apenas alguns conseguem ver o software livre como estratégia.
No último FLISOL, durante uma mesa redonda sobre empresas de software livre, eu perguntei isso. A maioria não tinha a menor idéia. Mas todos eram super responsáveis sobre utilização de licença e commit de código no github. Isso não faz uma empresa andar. Se acha que estou errado, esteja à vontade pra iniciar o seu negócio e mostrar que estou errado.
Por mais que não se goste da estratégia da Canonical, não se pode negar que ela fez o Debian chegar a todos os desktops. Chamou de Ubuntu, e botou outra carinha nele, o Unity. Mas é Debian.
Quem nunca se interessou por Linux, vai continuar usando Ubuntu como usava Kurumim. Quem gostar, vai usar apt-get na linha de comando, vai aprender a usar dpkg, vai trocar o Unity por Gnome, KDE, Enlightment, Window Maker ou qualquer outro gerenciador de janelas, e virá buscar informações no Debian.
E por isso (além de outras coisas mais) eu gosto da Canonical. E se puder, comprarei o telefone deles. Espero não ter de esperar chegar no meu primeiro milhão pra isso.