Olá Thiago e demais colegas,Sou biólogo / oceanógrafo mas sempre gostei de "fuçar" computadores. Meu primeiro foi o MSX Expert lá em 1987 (21 anos!!!)
Comecei a usar o Linux há uns 5 anos. Um amigo oceanógrafo físico tinha o Debian como sua menina dos olhos. Ainda lembro da primeira instalação ... Depois fiz um curso on-line na 4 Linux. Utilizei o Red Hat, o Fedora, mas o Debian sempre foi o que eu gostava mais. Via a morosidade na atualização dos programas (Firefox, Open Office, Gimp, R Statistical Computing, etc.) como o maior problema. Foi exatamente este apelo que me levou para o Ubuntu.
Hoje não utilizo mais o Debian. Tenho o Ubuntu no desktop de casa e do trabalho. Hoje instalei o Ubuntu no notebook LG de uma aluna minha. Hoje também instalei o Big Linux no notebook de outra aluna. Fiz isso depois que ela, expert em informática da família, me perguntou o que era partição e NTFS. EXT3, SWAP e Grub pareceram ser revelações divinas. No BigLinux tudo funcionou beleza: mp3, codecs multimídia, fontes extras, flash e java para páginas web, rede sem fio, etc. Também o cd de instalação descarrega um caminhão de coisas que provavelmente raramente ou nunca serão utilizadas. O Ubuntu dá um pouco mais de trabalho mas a instalação fica mais elegante. Nem cogitei em falar em Debian.
Bem, tirando este amigo que não vejo há uns três anos pois está trabalhando no NOAA, nunca conheci ninguém que utilizasse Linux. Em minha instituição, Instituto de Pesca, eu sou o único que tem Linux na máquina. Como vocês viram eu fico fazendo a cabeça de meus alunos para utiliza-lo.
Deixo aqui minha opinião de não profissional da área, mas de um usuário médio. As pessoas utilizam o computador para fazer coisas: se comunicar, escrever, organizar e fazer análises de dados, produzir arte (gráfica, música, etc.), se divertir. Um SO e seus programas devem servir a estes propósitos, deixando o usuário o mais independente possível. Acho que até agora que o desenvolvimento do Debian não é voltado para desktops, notebooks e "home users", e isso faz com que ele esteja sendo preterido em relação a outras distribuições. Será que o Debian se sustenta como uma distro para servidores e profissionais em informática?
Eu acabei criando uma espécie de vínculo emocional com o Debian, "o pai". Fico contente em acompanhar as discussões nesta lista, que já me foi e ainda é muito útil. Acho que seria interessante se o Debian tivesse uma versão para desktops, com programas atualizados e visual mais refinado. Eu voltaria a utiliza-lo sem dúvidas.
Aproveito para mandar um abraço para todos da lista. Sem o apoio desta lista eu não estaria hoje utilizando o Linux, obrigado!
Um abraço, Antônio Thiago Paixão escreveu:
Olá pessoal! Gostaria da opinião de vocês: Sou usuário antigo do Debian e infelizmente não tenho visto uma luz no fim do túnel. Já foi o tempo que o Debian era minha primeira opção ao indicar uma distro do Linux para Desktop para um novo usuário, hoje sou obrigado a indicar o Ubuntu. Para uso em servidores felizmente ainda é minha primeira opção, uso e recomendo, mesmo assim costumo ainda a ter alguns problemas com pacotes muito desatualizados. Apesar do Debian ser o "pai" do Ubuntu, por que está tão atrás no que se diz respeito de um SO para Desktop? Até eu que sou usuário com uma certa experiencia acabo tendo problemas. Se uso a versão estável, acabou não tendo suporte a diversos drivers e pacotes muito desatualizados, e se uso a versão testing ou instável, acabo sempre tendo sérios problemas com pacotes quebrados e coisas do tipo. Existe uma luz no fim do túnel? Ainda podemos ter esperança que o projeto Debian um dia será o que já foi? Agradeço desde já a todos que responderem. []'s Thiago Paixão