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Re: [PSL-Brasil] Malandragens com SL e $ público



Para o conhecimento dos senhores, essa mensagem foi enviada para a lista 
PSL-Brasil e diz respeito ao assunto freedows.

abraços,

Boni

Em Dom 06 Mar 2005 13:59, Tiago Bortoletto Vaz escreveu:
> Desculpem se esta mensagem já rolou por aqui... Mas é no mínimo
> intrigante.
>
> -------- Original Message --------
> Subject:       [Sl-empresas] pc conectado - mais transparencia
> Date:       Fri, 04 Mar 2005 18:55:39 +0000
> From:       Olho Vivo <olhovivo_2003@hotmail.com>
> Reply-To:       Lista para as empresas de Software Livre
> <sl-empresas@listas.cipsga.org.br>
> To:       sl-empresas@listas.cipsga.org.br
>
>
>
> Pessoal,
>
> Inicialmente gostaria de me desculpar por entrar neste assunto do pc
> conectado e de utilizar um psedo exclusivamente nesta mensagem. Tenho
> certeza que ao final todos entenderão. Recebi no início da semana
> documentação que havia solicitado a amigos de Curitiba e estou perplexo.
> Em mais de cinco anos tenho tentado sobreviver com minha pequena empresa
> de
> serviços linux. Quem é do ramo sabe como é difícil.
> Minha opinião é de que este projeto do "pc-conectado" está envolto na
> mais
> densa névoa, e serve apenas como viabilizador de negócios para um
> pequeno
> grupo instalado no Governo. E isso não é mérito do Governo Lula, este
> grupo
> tem a habilidade de surfar entre os governos, idependente de ideologia.
> E
> estão pouco se lixando para a inclusão digital e acesso a informação
> para a
> população de baixa renda. Basta ver no que deu o FUST.
>
> O consórcio apresentado para o projeto é formado pela Abrasol, Cobra e
> Banco
> do Brasil. Certo?
> O Banco do Brasil é uma entidade financeira e, podem ter certeza, visa
> exclusivamente o lucro. Corto meu braço se os juros deste financiamente
> forem subsidiados. Para um parcelamento em 24X, a parcela será de no
> minimo
> 70 reais. Basta ver os projetos de financiamento que o banco tem. E que
> utiliza dinheiro do Governo Federal (proger, micro para prof. liberais,
> etc). Imagine o que não cobrará para colocar seu próprio dinheiro neste
> projeto. A propósito, a origem do Sandro Henrique é da área de
> tecnologia do
> Banco do Brasil, quando saiu para fundar com outros sócios a Conectiva.
>
> A Cobra é uma grande incógnita. Como apresentado numa reportagem do ano
> passado da revista Veja, quando é pra vender pro governo, age como
> empresa
> pública, portanto dispensada de licitação. Quando é pra contratar algo,
> age
> como empresa privada, ou seja, sem licitação. Portanto sofre de uma
> grave
> crise de identidade, além de não produzir absolutamente nada. A Cobra
> não
> fabrica computadores, então como ela será a responsável pelo hardware
> do
> projeto? A cobra não cria sistemas, simplesmente embarcou na do
> Freedows.
> Quem fornecerá os equipamentos para a cobra vender no projeto? Será
> algum
> dos grandes fornecedores da Cobra ou será um dos grandes fabricantes
> brasileiros?
>
> Está claro para mil que a Abrasol é uma entidade que visa apenas apoiar
> os
> negócios das empresas de propriedade do Sandro Henrique. O mesmo que
> era
> sócio e presidente da Conectiva. Não vejo nenhuma ação da entidade no
> sentido de auxiliar as empresas que atuam neste setor. Aliás a página
> da
> abrasol está em construção desde sua fundação, que pelo seu CNPJ foi em
> 16/10/2004. Mas sabemos que vem atuando bem antes desta data. Basta
> procurar
> as notícias na net.
> Quem são os diretores desta entidade? Sabemos que o Sandro é o
> presidente. E
> os demais? Onde é sua sede? Não constam telefones registrados em nome
> da
> Abrasol. Sua atividade principal está registrada como "72.29-0-00 -
> Desenvolvimento de software sob encomenda e outras consultorias em
> software". Então é uma associação que concorre com os associados? Me
> parece
> mais uma empresa de prestação de serviços, como a minha, e não uma
> associação.
> Curiosamente no registro.br o domínio abrasol.org.br apresenta dois ID:
> do
> Sandro e do Gildecio. O e-mail do Sandro é freedows e do Gildecio é fs.
> Seria a Free Software Ltda?
> No contexto do freedows aparece a figura do "freedows consortium",
> formado
> pela Cobra, Abrasol e Free Software. Esta última uma ilustre
> desconhecida
> até bem pouco tempo. O domínio freedows.com.br está registrado em nome
> de
> uma empresa chamada HSMA e também apresenta o Gildecio como um dos ID.
> Assim
> como o domínio fs.inf.br (free software ltda). Quem é a HSMA?
>
> Consultando o cnpj da Free Software Ltda (05.597.271/0001-90)
> encontramos o
> endereço da Rua Visconde do Rio Branco, 667. O mesmo endereço da
> HSMA(05.656.465/0001-10). Curiosamente é neste mesmo endereço que está
> localizado o "freedows consortium". E vejam que não se trata de um
> edifício
> comercial. É um endereço único.
> Isto me chamou a atenção e busquei com amigos residentes em Curitiba
> maiores
> informações, que me foram entregues pelo correio nesta semana.
>
> Quem seriam os sócios da Free Software Ltda, com cnpj datado de
> 03/04/2003,
> Uma ilustre desconhecida até o "lançamento" do freedows e que está se
> tornando o "ícone" do software livre no Governo Federal? Buscando
> conhecer
> estes empreendedores, me foi enviada uma cópia do contrato social. Nele
> consta como capital social o valor de 10 mil reais e são sócios ninguém
> mais, ninguém menos que o sr. Sandro Nunes Henrique, com 9000 cotas e a
> Sra.
> Liane Hendges Marshal, com 1000 cotas. O Sandro todos já conhecemos, mas
> fui
> buscar informações sobre a outra sócia. Qual não foi minha surpresa
> quando
> me informaram que é a empregada doméstica da ex-esposa do Sandro. E não
> para
> por aí. No contrato social consta que a empresa está sediada em campo
> largo,
> uma cidade da região metropolitana de Curitiba. Coincidentemente, o
> endereço
> é o mesmo da residência da moça.
> Como uma empresa com este ínfimo capital social, que possui somente
> domicílio fiscal, sem patrimônio, consegue realizar contratos de vulto
> com o
> Governo Federal?
>
> E quem seriam os sócios da HSMA, com cnpj datado de 12/05/2003? Também
> me
> foi enviada uma cópia do contrato social. Nele consta como capital
> social o
> valor de 10 mil reais e como sócios a sra. Heidy de Oliveira, com 6000
> cotas, o sr. Marcelo S. Marçal, com 2000 cotas e a sra. Rosália Knopik,
> com
> 2000 cotas. Outra surpresa, a sra. Heidy é a atual esposa do Sandro.
>
> Por isso digo que a Abrasol atende exclusivamente os interesses das
> empresas
> do Sandro.
> Se não existe indícios de ilegalidade aí, então está tudo perdido.
>
> Isto que foi exposto é gravíssimo e mesmo que não demonstrasse
> ilegalidade,
> está demonstrada a imoralidade do processo. Está na hora do Ministério
> Público e da Polícia Federal intervirem no caso e investigarem a fundo
> esta
> relação promíscua. Como diz Bóris Casoy, isto é uma vergonha. E ainda
> estão
> usando alguns membros respeitados da Comunidade Linux para dar
> "credibilidade" ao processo.
>
> Acredito que estes negócios pouco transparentes podem por em risco o
> projeto
> linux do Governo Federal. Daí vem minha preocupação.
>
> Quanto ao fato de querem criar uma grande rede de suporte, está claro
> para
> mim qual é a jogada. Minha empresa terá que desembolsar dinheiro para
> se
> "certificar" e "certificar" seus técnicos. Além de muito provavelmente
> ter
> que dividir o, pouco, lucro com o freedows consortium. Leia-se
> Freesoftware,
> hsma e abrasol. Se alguém duvida basta ler a licença LISA do freedows.
> Especialmente os itens 3b e 4d. Me parece algo parecido com os antigos
> Canais de distribuição da Conectiva. Aliás, eu era um deles.
>
> Ora, se o Banco do Brasil já disponibiliza uma linha de crédito para
> aquisição de equipamentos de informática porque não estende-la à
> população
> de baixa renda diretamente, sem intermediação da Cobra e da Abrasol?
> Mantendo a liberdade do comprador?
> Porque isso não permitiria a exclusividade. Me parece que a concepcao
> do
> projeto atende exclusivamente ao consorcio apresentado. Qualquer
> justificativa em sentido contrário não passa de uma cortina de fumaça
> para
> encobrir as negociatas de bastidores.
>
> Saliento que não tenho absolutamente nada contra o projeto. Minha
> contrariedade é tão somente com relação a falta de transparência do
> processo. Cabe ao Ministério Público e a Polícia Federal investigar
> estes
> fatos.
> Segundo informado na lista, o "consórcio" pretende vender 1 milhão de
> máquinas no primeiro ano. Isto representa um faturamento de quase 1,5
> Bilhão
> de reais.
>
> Espero sinceramente que os companheiros da lista me perdoem o anonimato.
> Mas
> com todo este dinheiro envolvido seria suicídio não utilizar um pseudo.
>
> Abraços faternais,
> Olho Vivo.
>
>
>
> _______________________________________________
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> ----- End forwarded message -----

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