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Re: [OT] Re: provedores de banda larga



No dia 19/09/2005 às 21:49,
Marcos Vinicius Lazarini <lazarini@nics.unicamp.br> escreveu:

> Bom, se fosse projetado pra todo mundo ficar ligado 24h por dia faria mais 
> sentido usar IP fixo, não?

A propaganda deles é em cima disso: "Desocupe sua linha telefônica;
fique 24h por dia conectado"

> Eles sabem que a rede não vai ser utilizada em 100% da capacidade 100% do 
> tempo por 100% dos clientes. Enfim... o assunto está se perdendo aqui...

Há então no mínimo uma contradição deles. Anunciam um produto e contam
que na prática não haverá tamanha demanda. Mas caso estoure o problema é
deles. É mais ou menos o que muitas companhias aéreas vêm fazendo na
venda de passagens: vendem mais passagens do que sua capacidade a fim de
otimizar a ocupação, contando que alguns irão cancelar. Contudo, se der
zebra, o problema é deles, e vão responder por isso --como tem ocorrido
não tão raramente.

> >Ou então será que eu também não poderia deixar, por exemplo, meu irmão
> >usar minha conexão (no meu computador) enquanto eu não estivesse
> >mexendo?!?
> 
> Isso equivale a não deixar outra pessoa assistir a TV a cabo qdo vc não 
> estivesse por perto... sem sentido :-)

Acontece que a TV por assinatura o sinal é replicado, isto é, o
assinante não divide, compartilha. Isto significa que o eventual uso
simultâneo seria como se houvessem dois pontos distintos, em outras
palavras, prejuízo para a operadora, não para o assinante.

> (*) É exatamente isso que eles vendem nos planos de ADSL. Eles vendem um 
> serviço de acesso a internet, e não um produto 'link com a internet 24h/dia 
> de 300 kbps'. 

Entrei agora na página do Velox, e na seção "O que é Velox" (preste
atenção no terceiro item):

- Navegue sem pagar pulsos;
- Velox não ocupa sua linha de telefone;
- Permaneça conectado 24 por dia
- Você não precisa discar para se conectar;
- E aproveite o melhor da internet em altíssima velocidade.

> Por isso há portas fechadas, por isso há quota, não há garantias de
> QoS, etc etc

No meu plano residencial não há nenhuma porta fechada. Se houver cota é
outro plano, mas ainda assim nada indica que seria incorreto
compartilhar.

Não digo que não exista tais restrições nos contratos, mas sim que se
houverem seriam cláusulas de nítida vantagem para a contratada, eles não
são bobos. Exemplo disso é a não incomum cláusula que diz que apenas 10%
da velocidade é garantida. Outra é a exigência da contratação de
provedores para o serviço ADSL. Ainda outra é a supra citada cotas e
limites. Alguns de fato bloqueiam portas, mas alegam motivos de
segurança, pois estão cientes de que dizer "quero que você contrate
nosso plano comercial" daria muita bandeira.

> >O que você chama de perda é o mesmo que dizer que os supermercados
> >estariam perdendo se o consumidor em vez de jogar o resto de feijão que
> >sobrou ele tivesse dado para o vizinho. Oras, sim, pode-se dizer que o
> >supermercado estaria perdendo, mas isso é forçar a barra.
> 
> não sei se é bem essa a analogia, mas como vc gostou do feijão :-)
> Eu prefiro pensar no tanto de feijão que um restaurante self-service joga 
> fora ao final do almoço - ou vc acha que eles fazem exatamente a quantia 
> certa? Voce deve dimensionar a sua 'produção' para o mais próximo possivel 
> da demanda - e a sua demanda não pode ser 'duas pessoas comendo pagando 
> apenas uma'.

Esse seu ponto está equivocado. Não são duas pessoas comendo pagando por
uma, são duas pessoas comendo a metade cada uma e pagando uma unidade.
;) Duas pessoas comendo integralmente e pagando por uma seria exatamente
o caso do "gato" na TV por assinatura.

Experimente pagar por um quilo de comida em um restaurante e dividir a
metade para sua namorada. Acha que não estaria no seu direito?

-- 
Douglas Augusto
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