[Date Prev][Date Next] [Thread Prev][Thread Next] [Date Index] [Thread Index]

Re: [OFF-TOPIC] Línguas



synthespian@uol.com.br wrote:

> On Wed, Sep 26, 2001 at 08:52:20AM -0300, Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra wrote:
>
>>	A questão são as nuances e sutilezas de cada língua natural, que diferem entre
>>si mas estão ausentes de qualquer língua artificial.
>>
> Propositadamente...
> Minimizadas ao máximo.


Você já leu os argumentos do Larry Wall em favor do Perl como uma linguagem construída semelhantemente às naturais (no processo de construção, não na estrutura, claro) e pós moderna?

Não concordo com tudo o que ele diz, eu mesmo não programo Perl. Mas o fato é que nem sempre essa minimização é vantajosa.

Para mim isso é como Teologia: várias propostas aparecem para criarem novas religiões, e são criadas e conseguem adeptos; e mesmo para o que já existe há muita decadência. Mas a Teologia com T maiúsculo essa ninguém substitui. Às religiões criadas pelo homem falta o elemento surpreendente da revelação.



>>	Eu sinceramente gostaria que se usasse Latim.  É base para toda a Europa, quem
>>aprende Latim tem facilidade para aprender desde Espanhol até Russo.
>
> c) Falando sério. Conhece o latim e sabe que existem __dez__ casos
> para declinar.


Exatamente. Daí é uma preparação para quem quiser aprender qualquer outra língua indoeuropéia, principalmente as modernas -- do Espanhol ao Russo,
passando pelo Alemão e Grego.



> Você __não deu uma olhada__ em glosa, confesse. Porque ela é toda
> baseada nos radicais gregos e romanos.


	Não mesmo, por definição não me interessa.



>>	Por exemplo, em Português é-se formal mas cordial, familiar mesmo, descritivo e
>>adjetivante.  Pode-se ser extremamente íntimo e coloquial ou formal e empolado.
>>
>>	Já em Inglês, é-se objetivo, informal mas não cordial como em Português.
>
> Então você não sabe as diferenças entre "Might I" > "May I" > "Could I" > "Can I"
> - para ficar num exemplo - quando vai pedir alguma coisa. Ou seja: não sabe


Sei. Mas sei também que essas diferenças são muito menos importantes que em Português, embora muito mais que em Hebraico.

Em Hebraico chega a ser absurdo, se chegava um cliente estadunidense e falava "I think that perhaps we may have a problem here" o consultor israelense dava pau, que o israelense não era capaz de entender que isso era um pedido enfático de ajuda, não uma possibilidade remota futura.

E esse é um contra-exemplo: pode-se aprender uma outra língua sem aprender a cultura.



> se expressar corretamente em inglês, mas acha que sabe. Se for para o exterior, vai
> passar vergonha, ou vai ser grosso sem notar que foi grosso.


Passar por grosso passo aqui mesmo. Mas já fui ao exterior várias vezes, inclusive uma por três meses, outra por sete, outra por oito, e outras menores de duas ou três semanas, em países de fala espanhola, hebraica, alemã,
dinamarquesa, francesa... e o Inglês funciona muito bem.  Claro que há uma
tolerância generalizada com o Inglês não-nativo como nós.

O fato é que mesmo o conhecimento rudimentar da língua materna de alguém abre muitas portas -- com pessoas comuns. Alguns mais pedantes preferem falar Inglês a ver sua língua massacrada por cucarachas.



> Esse é o tipo de coisa que faz __toda__ a diferença.

Depende. Na Literatura eu só preciso entender, não usar -- conhecimento passivo, não ativo da língua.

	Nas vendas eu precisaria de conhecimento ativo.  Mas não é meu caso.

	Como sou técnico e diletante cultural, me viro bem.



--
 _
/ \ Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra           +55 (11) 246 96 07
\ / http://homepage.mac.com./leandrod/     BRASIL    +55 (43) 322 89 71
 X  http://tutoriald.sourceforge.net./     mailto:lgcdutra@terra.com.br
/ \ Campanha fita ASCII, contra correio HTML    mailto:leandrod@mac.com



Reply to: