Re: MANIFESTO de ÉTICA em informática
Gleydson Mazioli da Silva wrote:
>
> Hardware:
>
> A empresa deve disponibilizar o software adequado para permitir o
> funcionamento
> do seu hardware seja qual for o sistema operacional usado pelo usuário,
> por ser
> esta uma decisão pessoal de quem adquiriu o computador e da empresa em
> garantir
> a satisfação do cliente em adquirir seu produto (Norma do Procon???).
Mais uma vez levanto a lebre... como ideal está bom, mas aí perde a
praticidade. Porque há sistemas operacionais demais por aí... isso
encareceria demais os produtos, além de submeter os fabricantes a uma
tremenda incerteza: se o fulano de tal inventar uma versão maluca do
GNU/Linux 5.2 em 2043, será que eu vou ser obrigado a fornecer-lhe um
acionador de dispositivo (/driver/) para ele?
Mas creio que de qualquer maneira isso é desnecessário. Basta
fornecer as especificações técnicas, como o Maçan já incluiu no texto
original dele, e a comunidade pode se encarregar de criar os acionadores
necessários.
> Agora vai uma dúvida:
> Ouvi falar sobre produtos, brinquedos, etc. que deveriam se adequar as
> normas
> para não serem "apreendidos", isto também se aplica a produtos
> eletrônicos ou
> de microinformática???
Na verdade a questão de brinquedos ou alimentos é de segurança.
Existe uma lei para isso. Seria muito difícil obrigar a apreensão de
produtos que não se adequassem a um código de ética como esse que propomos.
No entanto, poder-se-ia criar um "Selo de Informática Ética" ou
"Selo de Liberdade de Informática" (ou qualquer outro nome "vendável").
Qualquer um poderia vender qualquer produto, mas a CIPSGA (por exemplo)
somente concederia o uso do Selo a quem se conformasse às regras.
A concessão do selo poderia ser feita caso a caso, com pagamento de
uma taxa de certificação pela empresa; ou a empresa poderia ganhar o
direito de usar o selo desde que houvesse a certeza de que os diretores,
marqueteiros e gerentes de produto entenderam o significado do Código
Ético e do Selo. Ela teria de assinar um termo de compromisso; se a
empresa usasse mal o selo seria obrigada a divulgar um esclarecimento
acompanhado de um pedido de desculpas, chamar os produtos de volta para
remover o selo da embalagem, talvez pagar uma multa, e executar uma
auditoria interna para certificar-se de que todo mundo conhece, entende
e aceita o significado do Código Ético e do Selo.
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