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Re: [Off-Topic] Texto para reflexão: Geração Ubuntu e a morte do movimento Software Livre no Brasil



Eu comecei com o Kurumim, quando descobri que ele era baseado no Debian, fui pro Debian, quando descobri que o Debian  era baseado no Unix, fui pro Unix, quando descobri que a microsoft tinha comprado o Unix, voltei pro Debian, heheheh =D. Eu particularmente nunca gostei do Ubuntu, mas deixa pra lá. E excelente artigo, apesar de ser mimimi d+, gostei xD


Em 10 de fevereiro de 2014 07:16, Diego Neves <diego@diegoneves.eti.br> escreveu:
Sem contar, que "Falar de Software Livre" onde só tem gente do Software Livre (como Diaspora(s), softwarelivre.org, Eventos, etc) é "Chover no molhado" todo mundo nesses lugares já está familiarizado com tudo, o que não deixa de ser super importante, but, nada como utilizar esses meios (facebook, twitter, etc) para trazer pessoas pro Software Livre. Nada como ver as pessoas "pedindo" pra ajudar instalar um Linux, Mesmo que seja o Ubuntu, ou outra distro volta pra usuários finais. Pois quantos de nós não começamos com Ubuntu?

Eu que sempre estou indo a eventos, cada vez mais vejo, professores de outras áreas participando ativamente da comunidade, mostrando pros seus alunos tudo mais.




Em 10 de fevereiro de 2014 09:05, Helio Loureiro <helio@loureiro.eng.br> escreveu:

Muito mimimi.

E quanto às contribuições como as do facebook:  http://www.wired.com/wiredenterprise/2014/02/facebook-hacks/?cid=co18273474

Não são válidas pois "não é comunidade"?  Agora que não temos mais catedrais, só temos bazares, a brincadeira perdeu a graça?

Muito mimimi.



Em 10 de fevereiro de 2014 10:56, "Éder S. G. (Jordan)" <ederjordan@yahoo.com.br> escreveu:

Geração Ubuntu: a morte do movimento Software Livre no Brasil

Autor: Anahuac
Data: 09/02/2014

Esta é uma constatação dolorida, triste, daquelas que deixam marcas na
alma, como toda morte: o movimento Software Livre morreu. Ao menos no
Brasil. Não me entenda mal, estou me referindo ao movimento, não há
mais movimento, não há mais ativismo organizado. Alguns “quixotes”
continuam na sua ébria redoma de purismo atacando os moinhos de vento,
nada mais.

Em meados da primeira década do século XXI, a FSF e uma série de
visionários vislumbraram um futuro onde o Ubuntu se popularizava de tal
forma que muitos usariam GNU/Linux sem nem mesmo saber o que era isso.
Alertaram a todos sobre os riscos da quantidade e disseminação
desqualificada, ou seja, muito Linux e pouco GNU, muito uso e pouco
entendimento, muito código e pouca filosofia, muito compartilhamento e
pouca liberdade: o triunfo do Open Source sobre o Free Software.

Uma década se passou e eles, para variar, estavam certos. O poder
corruptor do mercado suavizou o discurso progressista, arrefeceu os
corações dos mais apaixonados e tornou em inertes complacentes até os
radicais livres!

O movimento Software Livre no Brasil não conseguiu criar uma nova
geração de visionários filósofos do conhecimento livre. Tachados de
“xiitas”, intransigentes, ditadores da liberdade, agressivos, impacien-
tes, comunistas, socialistas e extremistas, foram convidados todos,
sistematicamente, a se retirar da sala com seu inconveniente elefante
branco chamado liberdade.

Periódicos, entrevistas, blogs especializados ou não se revezaram, sem
tréguas, a deixar claro que Linux era uma excelente escolha de mercado,
mas o GNU, a GPL, a FSF e quaisquer que insistissem em empurrar a linha
além do campo técnico, estava sendo inconveniente, indesejado, chato.

Uma nova geração de fantásticos desenvolvedores surgiu, foi educada e
encontrou seu lar nos moldes do Bazar, nas metodologias emaranhadas de
desenvolvimento, usando Ubuntu, e as “revolucionárias” redes sociais. A
nuvem fez o resto. A massificação do acesso às mídias de massa através
de redes privadas como o Facebook conquistou os corações e mentes dos
últimos bastiões da já velha filosofia libertária. Sem novos
cavaleiros, a távola não precisa mais ser redonda. Na verdade, a
távola, não precisa sequer existir.

O movimento foi transformado em uma comunidade. Somos um grupo de
pessoas distintas, com ideias e objetivos distintos, dispostos a ser
complacentes com os menos esclarecidos e especialmente com os mais
esclarecidos. Hoje parece não haver mais nenhuma incompatibilidade em
ser ferrenho defensor do Software Livre e usuário de tecnologias
absolutamente proprietárias como iPhone, iPad ou até mesmo Windows.
Viramos apenas “os caras do Linux”. Não somos mais ameaça nenhuma.

Enfurnados às centenas nas redes sociais privadas, compartilhando
nossas ideias e conhecimentos no Facebook, Skype e Gmail, parece não
haver mais nenhum constrangimento em ser defensor da privacidade e da
democratização do conhecimento tecnológico. Somos contra todo tipo de
opressão, até mesmo aquela que aponte nossa absoluta incoerência e
complacência com aqueles governos e empresas que deveríamos combater.

As fileiras de hackers que iam mudar o mundo, mudaram seus endereços
de e-mail para gmail.com, esvaziaram as listas de discussão livres e
abarrotam curtidas no Facebook. Quanto orgulho! quanta alegria!
Finalmente somos apenas mais um dos subgrupos de anormais digitais,
assim como tantos outros. Nem mais, nem menos que os gamers, web
designers ou dba’s. Somos os “linuxers”.

Projetos de softwares continuarão a ser desenvolvidos de forma
colaborativa, sem dúvida. Os grupos de usuários continuarão a se
encontrar e os eventos continuarão a disseminar, mas será apenas a
forma, sem conteúdo, sem alma, sem gana.

Deveríamos ter mais GNU e menos Linux, mais Zimbra e menos Gmail,
mais Duckduckgo e menos Google, mais Diáspora e menos Facebook. Nós
íamos mudar o Mundo, mas foi ele quem nos mudou. Sejam todos bem-vindos
à Comunidade Software Livre! O movimento está parado no Face, usando
Gmail, à bordo do novo Ubuntu e gritando: me deixem em paz!

Fonte: http://www.anahuac.eu/?p=335



No mais, desejo-lhes uma excelente semana!

Atenciosamente,

--
Éder S. G. (Jordan)
E-mail: ederjordan@yahoo.com.br - edersg@vm.uff.br


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Diego Neves
Consultor de TI com Ênfase em Software Livre
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eles poderão estar no formato ODF, um padrão aberto,
gratuito e homologado pela ISO e ABNT.
Para visualizar ou editar, basta copiar e instalar o LibreOffice em
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