2010/11/4 Luiz Marins
<luizmarinsllm@globomail.com>
Entendo, ... mas discordo, e respondo com as seguintes perguntas:
1. Porque o usuário final desktop é obrigado a aceitar e adotar o
conceito proprietário de software livre da FSF? (sim, por que ela se
apossou deste conceito e dita-o à sociedade).
R: Onde você leu que o usuário final é OBRIGADO a aceitar tudo o que vem da FSF? Mostre-me e eu renego tudo o que escrevi nesse e-mail.
2. É a FSF proprietária deste conceito?
R: Você diria que o Aurélio ou o Houaiss é proprietário de todos os conceitos presentes em seus dicionários? A wikipedia é proprietária de todos aqueles conceitos nas suas páginas?
Você não pode se apropriar de conceitos, você se apropria de marcas! A Mozilla é dona da marca Firefox, mas nada lhe tirará o direito de chamar o Firefox de um navegador ou de Web Browser ou de Xinforíncula!
3. É ela FSF que deve ditar o que devo e o que não devo usar, para ser
acjeito por ela?
R: Você não é aceito por ela! Você CONCORDA ou DISCORDA das idéias dela! Ela não lhe implora para que seja um seguidor da FSF, mas se as idéias dela lhe cativarem, você pode difundi-las.
Se não gostou, crie sua própria fundação e seus próprios conceitos! Isso que é liberdade, você pode discordar!
4. Consegue ela FSF suprir as necessidades da sociedade com este
conceito?
R: Me diga uma pessoa ou organização que consegue suprir as necessidades da sociedade com um conceito! Isso está muito generalizado!
Segundo ela, nem o Debian é Software Livre; então, na prática, o
conceito dela já está abandonado. Quem está resistindo são os
programadores, que não querem perder o poder da telinha preta, e para
isso precisam do código aberto.
Havendo boa vontade, visão e mente aberta, é possível ajustar os dois
lados. Rever o conceito atual aceitando o "free-proprietário" como
também software-livre voltado para desktop, enfraquece o poder do
programador, mas fortalece o linux.
Se sotware-livre pode ser vendido, por que o software-gratuito não pode
ser considerado também um software-livre?
Seria possível ajustar a licença para algumas realidades, que só
valeriam para o software-proprietário que fosse distribuído
gratuitamente, por exemplo:
Você deve fazer as seguintes perguntas aos desenvolvedores de software proprietários, não à nossa lista. Sugira isso à Microsoft e pergunte se ela toparia liberar o código do MS Office depois de 5 anos em troca de "comissões".
Acho que você precisar ler um pouco mais e de mais maturidade para entender algumas questões ou para fazê-las.
a. Se o proprietário morre, quem continua?
Pode-se incluir um parágrafo prevendo que neste caso, torne-se aberto,
sem questionamento por pretensos herdeiros.
b. Tempo de propriedade:
Pode-se estipular um tempo de propriedade, digamos 5 anos, onde após
esta data, tornar-se-ia aberto, mas garantindo "comissões" caso alguém
aproveite o código e venha comercializa-lo.
Lembremos:
"O Linux foi criado para a sociedade, não a sociedade para o Linux"
[luiz marins]
Em 04-11-2010 11:26, Tiago Passos escreveu:
O Linux só terá chance no Desktop se adotar um meio termo.
É como casamento, onde cada lado cede um pouco para que ele sobreviva.
Se esta filosofia adotada pela FSF não for revista, o Linux não
morrerá, mas nunca conquistará o usuário desktop, pois ficará restrito
aos usuários avançados e programadores.
Mesmo o Ubuntu tem algumas restrições a softwares proprietários.
Minha opinião:
o Linux não precisa e nem vai mais engrenar em desktop...
a era do desktop tá acabando (não q vá acabar, mas vai perder muita
importância), e tá chegando a era dos mobile. E nesse aspecto o Linux
tá dominando. Talvez não com a forma ideal, mas é um grande passo.
Eu concordo que deva haver um meio termo. Mas acho que o papel da FSF é
o ideal. É como aquele irmão chato que fica te regulando toda hora, pra
você não ficar fazendo m*rda. Ela e o Stallman puxa a comunidade pra o
caminho ideal
...
Tiago Passos
voxtiago ARROBA gmail PONTO com
http://tiagopassos.com
http://br.linkedin.com/pub/tiago-passos/24/995/aa4
http://twitter.com/blogtiagopassos
http://last.fm/user/tiagopassos
Em 4 de novembro de 2010 09:49,
roberval.sena@gmail.com
<roberval.sena@gmail.com>
escreveu:
Salve
galera e Tiago,
Queria agradecer as explicações dos amigos, e o Tiago + GUILHERME ROCHA
+ Milhares, por responder a tudo sem polêmica, também fiz esta
pergunta em outras listas e as responstas foram todas desencontradas, e
eu diria até "preconceituosas".
Então vou desconsiderá-las e, aproveitar somente as desta lista.
Aliás, o Tiago "formatou" tudo e colocou no site dele, o que achei
ótimo e fácil de ler.
informações muito esclarecedoras, arrisco até a dizer que é um grande
material de estudo.
Tiago, se eu pudesse pedir, seria legal atualizar essas páginas de vez
em quando, para refletir sempre a "situação" atual.
Eis a página do Tiago:
http://tiagopassos.com/linux/239/Debian_e_Ubuntu__Caracteristicas_diferencas_e_semelhancas.htm
E o último comentário que fizeram no artigo:
**
"
.....
O Linux só terá chance no Desktop se adotar um meio termo. É como
casamento, onde cada lado cede um pouco para que ele sobreviva.
Se esta filosofia adotada pela FSF não for revista, o Linux não
morrerá, mas nunca conquistará o usuário desktop, pois ficará restrito
aos usuários avançados e programadores.
Mesmo o Ubuntu tem algumas restrições a softwares proprietários.
.......
Enviado por Luiz L. Marins <http://luizmarins.rg3.net>
no dia 22/10/2010
"
Quanto a isso tenho somente o seguinte a acrescentar:
Existem vários materiais que descrevem como países evoluíram
rapidamente depois de uma "liberação total e irrestrita" de todos os
direitos autorais no século passado.
Naquela época, a "coisa" se limitava a poder copiar livros a mão mesmo,
e todos poderem ir nas bibliotecas para ler, sem haver reservas somente
aos nobres.
Ou seja, quando se liberou a propriedade intelectual (de forma TOTAL e
irrestrita), mutia gente "cresceu".
Concluindo:
aqui o foco inicial vai mudar um pouco, mas lá vai:
talvez, só talvez,
esteja se aproximando a hora de se rever os termos do GNU para serem um
pouco mais flexíveis. (por exemplo, trabalhar em conjunto com software
proprietário)
Assim como o pessoal do Software Proprietário, também.
Precisamos crescer, e me parece que precisamos de "liberdade" para que
isso aconteça.
De Minha parte:
simplesmente libero tudo o que tenho sem reservas, se for meu, pode
usar sem nem mesmo me avisar de nada. Pode modificar como você quiser,
e nem precisa informar que sou o autor.
já, por educação e netiqueta, a estória é outra, digo por educação e
cortesia, vou ficar feliz se me citar quando re-distribuir o que criei.
obrigado
[]s Sena
--
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