[Date Prev][Date Next] [Thread Prev][Thread Next] [Date Index] [Thread Index]

Re: [FORA DO TÓPICO] As mentiras do NÃO! Leitura sugerida



PUTA QUE PARIU...PARECE QUE EU E MAIS ALGUNS ESCREVEMOS EM INDO-CHINÊS
OU ARAMAICO NESSA LISTA.
QUEM VAI MUDAR DE OPINIÃO DEPOIS DE LER ESTA PORRA DE NOTÍCIA ???
CHEGA DE OFF-TOPICS PESSOAL, VAMOS TRATAR DE DEBIAN E NÃO DE REFERENDO.
VAMOS IMAGINAR QUE TODOS COLOQUEM OFF-TOPICS NESSA LISTA, VAI VIRAR
UMA MERDA DE LISTA, O QUE JÁ ESTÁ ACONTECENDO.
QUER DISCUTIR SOBRE REFERENDO, ENTRA NUM CHAT, NA MERDA DO ORKUT, SEI LÁ !
MAS AQUI É DEBIAN E PONTO FINAL.

Em 19/10/05, Marcio de Araujo Benedito<chinabhz@yahoo.com.br> escreveu:
> Aí está a minha contribuição para mais um off-toppic. Espero que o kov
> não consiga encontrar o listmaster, hehehe :)
>
>
> As mentiras do "não"
>
> Os métodos revelam as intenções. Quem usa métodos sujos/desonestos
> esconde seu verdadeiro objetivo, inconfessável: garantir o lucro da
> indústria da morte, que financia a campanha do Não. Veja se estas
> mentiras são aceitáveis para quem se diz defensor dos direitos do
> cidadão à informação.
>
> 1) Divulgaram na Internet um artigo atribuído ao prestigiado
> jornalista e escritor gaúcho Luís FernandoVeríssimo contra o
> desarmamento. Veríssimo foi obrigado a desmentir a autoria do artigo,
> e fez questão de afirmar sua posição a favor do SIM. MailScanner
> detectou uma possível tentativa de fraude de "www.referendosim.com.br"
> Leia aqui o desmentido e seu artigo "Por que sim".
> (http://www.referendosim.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
> infoid=365&sid=21)
>
> 2) Os armamentistas inundaram a Internet com um antigo texto
> da juíza Denise Frossard, famosa por ter mandado prender a
> cúpula da contravenção do jogo do bicho do Rio de Janeiro, em
> que criticaria o desarmamento. Na verdade, a posição da juíza é
> totalmente a favor da proibição do comércio de armas, e na Câmara
> dos Deputados ela não só votou pelo Estatuto do Desarmamento,
> como lutou para que o referendo se realizasse. Veja o artigo
> onde ela expõe os seus motivos para votar SIM no referendo.
> (http://www.denisefrossard.com.br/publicacoes/artigos/artigos_detalhe.
> asp?id=133)
>
>
>
> 3) O lobby das armas também espalhou por e-mail a falsa notícia de que
> um traficante do Rio, conhecido como Xaxim, estaria fazendo campanha
> pelo SIM no Morro do Dendê. Primeiro atribuiram como fonte o plantão
> do jornal O Globo Online, e depois o jornal O Dia. O Globo Online
> divulgou nota desmentindo que tivesse publicado tal notícia e o chefe
> de reportagem de O Dia, João Antonio Barros, desmente categoricamente
> que seu jornal tenha publicado essa informação. Não existe no Rio de
> Janeiro um traficante com esse nome. Ao buscar-se a origem da notícia,
> constatou-se que ela foi tirada do site de piadas "Cocada Boa". Os
> traficantes e bandidos em geral certamente preferem que tudo continue
> como está a perder uma de suas fontes de armas e munição.
>
>
>
> 4) Os defensores do comércio de armas não hesitam em distorcer a
> história. Basta se consultar um livro sobre a Alemanha ou a Segunda
> Guerra Mundial para se constatar as mentiras contidas em um e-mail
> que eles divulgam na Internet. Dizem que Hitler desarmou a Alemanha
> para melhor dominar o povo. Ora, foi justamente o contrário. Para
> defender-se dos grupos armados do partido nazista, a República de
> Weimar, em 1928, promulgou uma rigorosa lei de controle de armas. Após
> tentar, sem sucesso, tomar o poder através de um golpe violento,
> Hitler mudou de estratégia e, surfando na severa crise econômica do
> país, ascendeu ao poder através do voto. O desarmemento inicialmente
> foi contra os nazistas e deu certo para evitar o golpe armado dos
> "camisas pardas".
>
>
>
>       Hitler acabou por implantar a ditadura, fechando o Congresso
> (Reichstag) e desarmando a oposição, mas armando seus seguidores,
> que passaram a perseguir e matar oposicionistas, judeus, ciganos,
> católicos e gays. Na verdade, as ditaduras desarmam as oposições
> para garantir o domínio de seus governos impopulares. As democracias
> promovem o desarmamento civil para aumentar a segurança da população,
> numa perspectiva de saúde pública. São interesses opostos. Hoje,
> diversas democracias já fizeram leis de desarmamento e foram bem
> sucedidas na redução das mortes por armas de fogo.
>
>
>
> 5) A tese pueril de que devemos ter armas em casa para nos
> proteger de revoluções é uma cópia ridícula dos argumentos da
> Associação Norte-americana de Fuzis, ligada à indústria de armas
> dos Estados Unidos, que procura manter viva a tradição da Guerra
> contra o colonialismo inglês, e a política então vigente de matar
> índios. Levantam a ameaça de golpes de Estado como se revólveres
> pudessem se contrapor a tanques e canhões, transmitem o medo de uma
> revolução ou de revolta dos pobres contra os ricos, quando a ameaça
> contra a qual lutamos é uma realidade que está aí: a violência
> provocada nas ruas e nos lares pela proliferação descontrolada de
> armas de fogo.
>
>
>
> 6) Hoje os defensores das armas também defendem o Estatuto do
> Desarmamento. Vejam só : em 2003, eles votaram contra! O Estatuto
> teve que enfrentar a oposição da poderosa bancada da bala financiada
> pela industria de armas hoje reunida na frente do Não. Deputados que
> agora defendem o Estatuto na época fizeram tudo para derrubá-lo no
> Congresso e impedir por exemplo a marcação das armas e da munição, em
> atitude cúmplice com a criminalidade. (leia o artigo de Antônio Rangel
> Bandeira sobre o tema).
>
>
>
> 7) Os defensores do comércio de armas afirmam que "o referendo não
> se justifica porque no ano passado teriam sido vendidas apenas 1.044
> armas" (frase repetida em debates pelo deputado e ex-coronel da PM
> Alberto Fraga, presidente da Frente do Não). Esse dado, ele obteve
> junto à Taurus, o maior fabricante de armas curtas do país, que
> financiou 70% das suas campanhas eleitorais e que tem grande interesse
> em fortalecer argumentos do não, como esse.
>
> A fonte segura e imparcial é o órgão que controla a venda de armas
> no país, o Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal, segundo
> o qual em 2004 foram vendidas 53.811 armas pequenas para civis no
> Brasil. Esse número exclui as armas vendidas para as empresas de
> segurança privada, que somaram 7.131. Só no primeiro semestre deste
> ano (2005), foram vendidas mais 16.089 armas para civis.
>
>
> No Brasil, das mais de 17 milhões de armas em circulação, 15 milhões,
> isto é, 90%, estão nas mãos de civis. Se a população armada trouxesse
> segurança, o Brasil seria um país tranquilo e não o campeão mundial de
> mortes por arma de fogo.
>
>
>
> 8) Dizem que o "referendo vai custar 564 milhões". Mas o TSE declara
> que serão gastos 202 milhões. Compare esse gasto com os 140 milhões
> que se gasta, a cada ano, com os cerca de 20 mil feridos por arma de
> fogo nos hospitais brasileiros. Se acrescentamos os 36 mil mortos por
> ano, e as consequências econômicas e psíquicas para as famílias das
> vítimas, veremos que a continuidade dessa política de facilitação da
> compra e do uso de armas pelos brasileiros nos custa muito mais.
>
>
>
> Além disso, o referendo vai recadastrar os eleitores de vários
> Estados, ajudando a diminuir as fraudes eleitorais.
>
> E, sobretudo, o referendo é uma ferramenta democrática em que o povo
> decide diretamente. Eles acham que isso não tem valor. Para nós, que
> lutamos contra a ditadura (enquanto alguns deles a defendem até hoje),
> a democracia não tem preço.
>
>
>
>
> 9) Afirmam que os deputados e senadores votaram a proibição do porte e
> do comércio de armas, mas que resguardaram seu direito legal de portar
> armas. Não é verdade. Políticos do Não propuseram isso, mas foram
> derrotados e o Estatuto do Desarmamento não abriu exceção para eles,
> também proibidos de portar armas.
>
>
>
> 10) Dizem que "os atiradores esportivos, os caçadores e os
> colecionadores, categoria denominada 'CAC', não mais poderão comprar
> arma e munição". Não é verdade. Essas categorias são regidas pelo
> regulamento do Exército, conhecido como R 105, em que o Exército
> autoriza e fiscaliza a venda desses produtos para tiro esportivo,
> caça e coleções. Mentem para jogar essas categorias, garantidas pelo
> Estatuto, contra a proibição do comércio de armas. Não se deixem
> enganar. Suas atividades, devidamente controladas, estarão garantidas
> após a vitória do SIM no referendo. Essas categorias têm existência
> legal, que não será alterada, e são as maiores interessadas em
> não serem confundidas com aqueles que querem armas para vender ao
> narcotráfico ou para matar, ou com os que fazem uso irresponsável de
> suas armas.
>
>
>
> Tentamos que as companhias de ônibus inter-estaduais tivessem
> detector de metal, para impedir que ladrões continuassem a assaltar
> os passageiros que viajam entre os Estados. Os políticos do Não,
> curvando-se aos interesses das grandes companhias de ônibus, votaram
> não. Isto é, rico tem segurança quando viaja de avião, mas pobre, que
> viaja de ônibus, não. Assim votaram os defensores do Não, que falam
> em "proteger os cidadãos". Neste ponto, eles venceram, e o artigo foi
> excluído da versão final do Estatuto.
>
>
>
> 11) Dizem que, "na Austrália, Grã-Bretanha e Canadá, países em que
> houve desarmamento, as mortes com arma de fogo aumentaram". Não
> é verdade. A procuradoria geral da Austrália entrou em 2000
> com um recurso contra um e-mail da NRA (Associação Nacional de
> Rifles, lobby das armas norte-americano) que divulgava os dados
> mentirosos recentemente reproduzidos pela VEJA. A experiência da
> Austrália, aclamada internacionalmente, comprova que a proibição
> votada em 1996 trouxe enormes benefícios para a segurança
> pública deste pais, conforme informa o governo da Austrália
> (http://www.aic.gov.au). Estudo publicado pela Professora
> J.Ozanne-Smith, da Monash University (Victoria, Austrália) na revista
> Injury Prevention 2004; chegou à seguinte conclusão : "Reduções
> dramáticas foram alcançadas na taxa geral de mortes por arma de fogo
> no contexto da implementação da reforma da regulação sobre armas de
> fogo". De fato, desde a aprovação da nova lei, em 1996, o número total
> de mortes diminuiu 43% e a taxa de homicídios por arma de fogo caiu
> 50%. Um habitante da Austrália corre 90 vezes menos risco de morrer
> num homicídio com arma de fogo do que um Brasileiro.
>
>
>
> 12) Apresentar a Suíça como um país armado e um paraíso de não
> violência não corresponde à realidade. Na Suíça, quase todos os
> cidadãos adultos de sexo masculino são membros permanentes do exército
> e possuem armas de uso militar em casa. Resultado: a Suíça, embora
> tenha muito menos homicídios que o Brasil, apresenta a segunda maior
> taxa de mortes por arma de fogo entre os paises de alta renda e vêm em
> terceiro lugar no mundo depois dos Estados Unidos e Finlândia no que
> diz respeito a suicídios por arma de fogo (OMS, 2002). Entre 16 outros
> paises europeus, a Suíça apresentou a maior taxa de violência contra
> mulher com arma de fogo. De fato, o Rio Grande do Sul é um pouco a
> Suíça do Brasil: lá tem muitas armas e poucos homicídios. Porem, é o
> estado brasileiro com maior taxa de suicídio e taxa de suicídio por
> arma de fogo (Datasus, 2002). Nesse contextos, onde o controle social
> e o desenvolvimento permitiram conter a criminalidade, o fácil acesso
> às armas se traduz em taxas elevadas de homicídios inter-pessoais ,
> acidentes e suicídios.
>
>
>
>       13) Dizem que "a proibição do comércio vai causar grande
>       desemprego".
>
> O verdadeiro tamanho da mão de obra da indústria de armas pequenas
> não passa de 6.500 empregos segundo o IBGE, e a industria de armas
> é insignificante para o parque industrial brasileiro, representando
> 0,15% do PIB nacional. A venda para o mercado civil brasileiro é de
> apenas 12% (Taurus) e de 15% (CBC, fonte: Isto É Dinheiro). A Taurus
> já está revertendo sua produção para produtos pacíficos, política
> preconizada pela ONU. Armas representam hoje só 41% da produção das
> Forjas Taurus.
>
>
> []´s
> --
> Outgoing mail is certified Windows Free
> checked by Debian GNU/Linux <http://www.debian.org>.
>
>



Reply to: