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Re: [FORA DO TOPICO] software livre evita o fork???



Em Qua 27 Out 2004 12:15, Marcio de Araujo Benedito escreveu:
> -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-----
> Hash: SHA1
>
> Uma das premissas do software livre é a GPL, e um argumento muito
> utilizado para a defesa da licença é que ela evita o fork, uma vez que
> os produtos livres sob a GPL podem receber as modificações, inclusive a
> revelia do autor original, e estas modificações segurem em frente, mas
> não como sendo um "clone".
>
[...]
>
> ENtão software livre e GPL não evita fork.
> Mas ainda assim eu me pergunto: Por que foi o fork que entrou no core do
> kdeedu, e não o original?
>

Bem, quanto ao programa em questão, não conheço, e não posso dar palpites. Mas 
me parece que a vantagem da licença GPL não é evitar o fork - bifurcação, 
separação de projetos. Há muitos exemplos de projetos que se separam ao longo 
do caminho. O que a licença evita, em relação a simplesmente colocar os 
programas no domínio público, é que qualquer um utilize a fonte original, 
melhore de alguma forma, e depois saia vendendo o pacote binário (é o que 
entendo da expressão free riding). 

Pelas discussões que tenho acompanhado (e que se baseiam quase sempre no 
debate Eric Raymond / Richard Stallman) alguns outros fatores diminuem o 
risco de bifurcação na comunidade do software livre. Mas o principal é a 
falta de incentivo: como todas as modificações a um programa são 
necessariamente sob licença GPL, faz mais sentido incorporar as suas 
alterações ao projeto original (e continuar a usufruir das alterações dos 
demais desenvolvedores) do que recomeçar um outro projeto (que terá que 
construir uma nova base de desenvolvedores, usuários avançados / beta, 
usuários comuns...).

Assim, a maior parte dos casos de bifurcação que conheci dizem respeito a:
 1) mudança no licenciamento de novas versões: outros desenvolvedores assumem 
as tarefas de desenvolvimento sob a GPL; ou
2) interesses diferentes: nem sempre faz sentido implementar uma outra 
funcionalidade no mesmo programa, sendo mais racional criar programas 
diferentes.

abraços,

tiago.



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