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Bill Gates descarta ameaça do Linux



Bill Gates descarta ameaça do Linux
Quarta-feira, 13 de novembro de 2002 - 16h34
 
 
 
BANGALORE, Índia (Reuters) - O presidente do conselho de administração
da Microsoft, Bill Gates, tentou convencer engenheiros de software
indianos a usarem os softwares proprietários de sua empresa e descartou
a ameaça que o sistema operacional rival Linux representa para o
Windows. 


O homem mais rico do mundo, no terceiro dia de sua visita à Índia, não
ofereceu nenhum presente, mas em lugar disso usou conversa de vendedor
na capital tecnológica do país. Há mais de mil empresas de software
sediadas em Bangalore. 


Gates, que disse na terça-feira que sua empresa investirá 400 milhões de
dólares na Índia ao longo de três anos em projetos de educação,
parcerias e no aperfeiçoamento de seu centro de software, usou a visita
a Bangalore para promover a plataforma .NET de computação em rede e as
ferramentas da Microsoft. 


A venda dessas ferramentas é essencial para a Microsoft em termos de
serviços via web, que envolvem conectar diferentes sistemas de
computadores e aparelhos móveis pela internet. As ferramentas .NET
concorrem com as ferramentas SunONE, da Sun Microsystems. 


``A computação confiável é o principal foco de nosso atual orçamento de
pesquisa e desenvolvimento, de 5 bilhões de dólares anuais. Acredito que
nós realmente surpreenderemos o mundo'', disse Gates a mais de 2,5 mil
programadores de software em um anfiteatro a céu aberto na ampla sede da
Infosys Technologies. 


Representantes da Microsoft dizem que a Índia é ''estratégica'' para a
gigante do software, em referência ao seu papel na criação de software
baseado nas ferramentas da empresa. 


Embora as ferramentas .NET ajudem a conectar computadores em rede, os
software baseados no Windows enfrentam desafio do Linux. 


O Windows, da Microsoft, domina o mercado de computadores pessoais há
anos, mas o Linux vem conquistando espaço no mercado de servidores de
empresas. 


Os analistas dizem que a Microsoft poderia sair prejudicada caso o Linux
se tornasse popular entre os produtores de software indianos,
preocupados com a relação custo/benefício. 


Funcionários do governo indiano dizem que o número de profissionais de
software no país crescerá a 1,3 milhão dentro de quatro anos, ante 400
mil hoje, o que dará ao país o maior exército mundial de produtores de
software. 


Apesar disso, Gates descartou os temores de que o Windows seja atingido
pelo sistema gratuito, afirmando que o Linux pode elevar os custos de
manutenção ao exigir mais atenção de funcionários de suporte. 


``Há software livre no mercado desde há 20 anos, mas o sucesso da
plataforma Windows veio das qualidades da plataforma'', afirmou Gates a
repórteres. 


``Softwares compreensivos podem economizar dinheiro ao evitarem a
necessidade de instalação de outros trechos de programas. Você pode
economizar dinheiro em termos de velocidade de desenvolvimento (e)
hardware mais barato.'' 


O editor da revista ``Dataquest'', Prasanto Kumar Roy, afirmou à Reuters
que somente dois a três por cento dos desenvolvedores da Índia estão
concentrados no Linux, mas a existência de freelancers pode elevar essa
taxa para seis ou sete por cento. 


``Isso pode ser significativo'', afirmou ele, acrescentando que
orçamentos apertados de empresas médias e do governo podem atingir o
Windows. 


``O que é verdade é que todo esse pessoal tem orçamentos limitados e o
Linux pode ajudar a esticar esse orçamento. Computadores pessoais novos
disponíveis hoje por 10 mil rúpias (207 dólares) usam Linux'', afirmou
Roy.



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