Re: Línguas (era: Re: Linguagem de programacao)
> Genial!
Obrigado :-)
> > 4- A literatura de uma língua natural é sem dúvida rica. Por produção
> > e por tradução. Mas quem é capaz de apreciar algo escrito em
> > uma língua natural (excluo o espanhol para falantes de português
> > por motivos óbvios...) depois de um curso de três anos? Alguém
> > aí já leu Shakespeare no original? Allan Poe? Stephen King?
> > Reparou no seu aproveitamento do texto?
> > Com dois meses de esperanto (+ uma pitada de dicionário) você já
> > consegue ler a Biblia (traduzida em esperanto, é claro).
>
> Exato! Isso é porque as pessoas __acham__ que dominam o inglês,
> porque atingem o mínimo necessário.
> Stephen King junto com Allan Poe e Shakespeare é que não tem muito a
> ver...
Sei, não é justo nem digno, mas fazer o quê... :-) Cada um tem sua
mancha negra! ;-) Mas foi uma fase e acabou. :-)
Mais uma gota da minha experiência (cara _cheio_ de experiência, não?
;-)
Eu estudei inglês por mais de cinco anos. Sempre fui o primeiro ou
segundo da turma (de mais de 10, é claro). Referência, e o queridinho
dos professores. Fui para os Estados Unidos e me senti um retardado.
As pessoas, logo nas minhas primeiras frases começavam a falar em
espanhol!!! ;-P
Citando um amigo: "O inglês é a língua mais fácil pra se falar
errado." :-)
> Algumas reflexões sobre línguas artificiais estão em:
> <http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/9801/lenguas/>
>
> Numa defesa do inglês, e uma reflexão porque é uma língua que se
> assimila mais facilmente, veja o texto "The Anglo-American Reaction"
> em:
>
> <http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/9801/lenguas/loom01.html#The
> Anglo-American Reaction>
Hummm, parei no meio do texto sobre esperanto. Há um erro a cada 4
linhas. Perdeu minha credibilidade...
> Trechos: "Because English spelling teems with irregularities, and
> still more because of the vast resources of its hybrid vocabulary,
> learning English is not an easy task for anyone who aims to get a wide
> reading knowledge.(...)
> Ogden's work has taught us to recognize its extreme word
> economy.(...)what is the absolute minimum number of words we need to
> retain, if we are to give an intelligible definition of all other words
> in Webster's or the Oxford Dictionary? The answer is, about 800, or
> between two and three months' work for anyone willing to memorize
> twelve new words a day. This great potential word-economy of
> Anglo-American is due to the withering away of word-forms dictated
> by context without regard to meaning."
> E aqui um trecho crucial para a nossa discussão:
Balela _grossa_. Get, put, turn são palavras únicas com _centenas_
de significados em função da combinação (up, down, to, onto, aside etc)
e contexto!!! E no texto ele ainda cita como _vantagem_! Ele fala
de "go x"(up, down, to, into etc) mas nem toca no famigerado "set",
get ou turn. Muito tendencioso pra ser levado a sério.
> "(...) Thus the essential grammar of Anglo-American is much
> simpler than that of the only two artificial languages which have
> hitherto attracted a considerable popular following." (!!!!!!)
O texto não dá pra ser levado a sério. Ele torce as coisas a fim
de justificar o injustificável... :-\
Veja, esperanto tem 16 regras gramaticais. Nenhuma excessão.
Todas as letras têm _sempre_ o mesmo som. Todas as palavras
com mais de duas sílabas (é claro) são paroxítonas. Se você
vê escrito, sabe falar; se ouviu, sabe escrever!Sabe quando
inglês bate isso? Quando o Tarzan conversa com a Jane
(Me Tarzan, You Jane!!! ;-P)
> > 6- Traduções. Você preferiria ler um texto grego em inglês ou em
> > esperanto? Eu não titubiaria: em esperanto. Mesmo porquê quem
> > traduz para esperanto fala _muito_bem_ ambas e a mecânica do
> > esperanto permite manter-se perto da rítmica original.
>
> Glosa = tudo derivado de latim e grego, com mais rigor científico
> que esperanto. Mas não vamos brigar!
De modo algum. Uma coisa que sempre vi no meio esperantista é uma
grande afinidade por saber, ver e conhecer outras línguas projetadas.
É claro que só por curiosidade... :-)
Mas cuidado com o "rigor científico". Um estudo uma vez concluiu
(não foi esperantista, citava o esperanto como só uma das línguas
estudadas) que uma língua _precisava_ de um certo nível de
"sujeiras". Sem ambiguidades você não faz humor ou boa poesia
(derrubou o volapük) (infelizmente só lembro da ambiguidade...
O esperanto tinha 97% de "pureza". 3% de palavras com mais de
um sentido ou com condições de dar dupla interpretação. O
volapük tinha 100%, 0% de duplo sentido. Entretanto é "o cão"
pra lembrar dos tempos (no volapük da pra gerar, se não me
engano, mais de 120.000 tempos verbais... :-)
> Sim, todos são idiotas, exceto os que falam o inglês.
Yeah! Now everybody repeat after me: English is the best and
fu** the rest!! ;-)
> Nós somos idiotas, pois falamos português.
> As línguas projetadas foram boladas por idiotas, que não conheciam
> outras línguas. Por não conhecerem outros idiomas, é que projetaram as
> línguas artificiais.
> Pê-por pê-isso pê-que pê-fica pê-tudo pê-confuso.
:-)
Abraço
Cláudio Max
(largando o tema antes que me dêem o pé na bunda por estar fora
do tema da lista... :-)
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