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Re: systemd, o que mudou



Gostaria de que houvesse uma opção de escolha no instalador, para optar
pelo sistema de inicialização, sysvinit, systemd e incluindo mesmo o
openrc que está disponível no Jessie. Gostaria de testar este último.
Pretendo testar numa VM o openrc. Parece ser mais rápido que o sysvinit
e mais próximo do sistema clássico do Unix.

Até agora eu vi o que me pareceu o lado negro da força. Gostaria de que
fosse elucidado sobre as partes técnicas que ele resolve. Eu li muitas
opiniões de gente que é contra, mas de fora do Debian. As que cheguei a
ler de gente que usa Debian também na maioria são do contra. De gente
de dentro do projeto sei de nada.

Preciso desse equilíbrio porque está faltando alguns argumentos. A
ideia de um ditador malevolente e antipático pode comprometer a visão
de muitos com este trabalho, principalmente se ele for tão bom assim.
Seria muito importante esse aprofundamento, mesmo que resumido. Por
hora estou com o pé atrás. O argumento de não usar texto como interface
(que foi o que li) parece ser forte.


Em Sat, 30 Jan 2016 10:08:34 -0200
Antonio Terceiro <terceiro@debian.org> escreveu:

> On Thu, Jan 28, 2016 at 12:09:29PM -0300, Luis Augusto Teixeira wrote:
> > boa dia amigos,
> > 
> > por razões de trabalho, estou um pouco desatualizado, então
> > pergunto, o que realmente mudou com o systemd no debian?
> > se alguém puder responder ou puder indicar leitura agradeço.
> 
> do ponto de vista do usuário casual, nada mudou. o sistema continua
> dando boot normalmente, e desligando normalmente. `service
> [start|stop|restart|reload] <service>` continua funcionando
> normalmente.
> 
> do ponto de vista dos detalhes de funcionamento, muita coisa mudou.
> muita gente acha um absurdo que "viola a filosofia UNIX", que é
> bloated, etc, mas 99% dos que falam isso estão apenas repetindo o que
> ouviram de alguém e não entendem realmente o problema que o systemd
> resolve. e também não levam em consideração que várias das coisas que
> o systemd faz "a mais" (cron, DHCP, etc etc) são opcionais e não
> estão ligadas por padrão.
> 
> na minha opinião, o systemd te dá muito mais informação útil sobre o
> sistema, te permite fazer coisa que não eram possíveis com o
> sysvinit, e é muito bem documentado. quem já escreveu um initscript
> (ou vários), sabe o quanto é difícil fazer do jeito certo; é
> brutalmente mais fácil e confiável escrever um arquivo de serviço
> systemd.
> 
> as teorias da conspiração, juízos de valor sobre o desenvolvedor
> líder, e outros FUDs, na minha opinião são uma bobagem sem tamanho.
> 
> as pessoas que escolheram manter o systemd no Debian são estramente
> competentes e eu confio nelas pra tomarem as decisões certas para o
> Debian. O pacote do systemd no debian tem uma quantidade razoável de
> patches (38 no unstable hoje, sendo 30 deles específicos para o
> Debian) pra compatibilidade, e pra garantir que quaisquer decisões no
> systemd que não são adequadas para o Debian não se apliquem.
> 
> as pessoas que decidiram que valia à pena adotar o systemd como
> padrão, são extremamente competentes e tomaram a melhor decisão que
> podiam diante de situação, e do calor gerado pela polêmica --
> alimentada quase que exclusivamente pelo pessoal do FUD.
> 
> você pode discordar de tudo isso? com certeza pode. É por isso que o
> systemd é apenas o _default_. pra quem se sente informado o suficiente
> pra não confiar no default, trocar de volta para o sysvinit é
> trivial, é só instalar o pacote `sysvinit-core` e dar um reboot.
> 


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