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OT - Computador Quantico.



Olhem só!

Agora resta saber o mais importante: quando farão um linux para ele?

Rodolfo.

Computador quântico já funciona
Quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007 - 10h51

A empresa canadense D-Wave demonstrou nesta semana o primeiro computador
quântico do mundo.

O Orion, contruído pela D-Wave, é um computador de 16 qubits ("bits"
quânticos). É a primeira máquina desse tipo capaz de realizar tarefas
práticas. O fato de ele estar em pleno funcionamento é surpreendente. Alguns
especialistas vinham prevendo que demoraria 20 anos para que os computadores
quânticos pudessem ser usados na prática.

Durante a demonstração, o Orion resolveu problemas de lógica, encontrou
soluções para o jogo Sudoku e pesquisou alternativas para drogas usadas na
indústria farmacêutica. Tudo isso poderia ser feito, tranqüilamente, por um
computador digital comum. Mas a demonstração tem enorme importância, já que
comprova a viabilidade prática da computação quântica.

O Orion é baseado num único chip quântico. Sobre uma base de silício, esse
chip abriga os 16 qubits. Cada um deles é formado por uma porção de nióbio
circundada por uma bobina. Quando a bobina é estimulada eletricamente, ela
gera um campo magnético, que provoca alterações de estado nos átomos de
nióbio. Essas mudanças de estado são captadas pelos circuitos e
transformadas em dados.

Para processar informações, elas primeiro são convertidas em impulsos
analógicos, que são enviados às bobinas. Depois, os sinais analógicos
coletados são novamente convertidos em bits. Como os sinais analógicos podem
sofrer interferências, um complexo filtro de 128 canais é usado para
eliminar o ruído. Assim, o processador quântico pode interagir com circuitos
digitais convencionais.

Para que tudo isso funcione, o chip quântico precisa ser congelado a 4
milikelvins, temperatura muito próxima do zero absoluto. Isso é feito por
meio de um sistema de refrigeração com hélio líquido. O nióbio torna-se
supercondutor nessa temperatura. Um detalhe curioso é que esse modelo traz
de volta a computação analógica, que floresceu durante um breve período, nos
anos 70, para ser depois substituída pela digital.

Em seu estágio atual, o Orion não tem aplicação comercial. Mas a D-Wave diz
que vai produzir um computador de 32 qubits ainda neste ano. No primeiro
semestre de 2008, a empresa espera chegar a 512 qubits para, em menos de
dois anos, atingir 1 quiloqubit.

O plano da empresa é prestar serviços a organizações que necessitam resolver
problemas lógicos complexos. Entre as possíveis aplicações estão
criptografia, pesquisa genética e farmacêutica. Para isso, primeiro é
preciso que a D-Wave consiga cumprir seu plano de produzir máquinas de maior
capacidade, algo que ainda não é garantido. Geordie Rose, fundador e diretor
técnico da companhia, diz que acredita que o plano vai dar certo "mas nós
podemos estar enganados", admite ele.

Maurício Grego, da INFO



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