[Date Prev][Date Next] [Thread Prev][Thread Next] [Date Index] [Thread Index]

Re: [OT] Ganância e má-fé (era: compra de dell)



Douglas A. Augusto wrote:

> Você está distorcendo as situações, falsa analogia. O cara estaria
> agindo de má-fé --segundo o que estamos discutindo sobre o caso Dell--
> se o EXTRA tivesse cometido um erro *não intencional* e ele agisse de
> forma dolosa sobre isto.

A analogia é perfeita, não falsa. Senão veja: você argumenta que o cara
que comprou o PC no formulario bugado não agiria de má fé se ele
não tivesse percebido o erro ao fechar a compra, ou tivesse "se
confundido" e pensado que era uma promoção. Mas, como aconteceu, ele
além de perceber o erro e fechar a compra, ainda comprou mais um e
avisou ao resto do mundo, menos a dell, para que outros aproveitassem do
erro, portanto agiu de má fé. Não é isso que *você*, e outros aqui,
pensa?

A defesa do extra foi justamente nesta linha. O empregado sabia que
seria exposto ao ridiculo, no entao, ao invés de recusar, ainda que
brigando, a fazer o que foi determinado, ele cumpriu as ordens sem
reclamar, para então depois recorrer na justiça. Oras, se ele tivesse se
recusado a fazer o que foi mandado não haveria causa para a ação, esta
só existiu porque ele cumrpriu de caso pensado, portanto agiu de má fé,
assim como, segundo seu raciocínio, os que compraram o pc no formulario
bugado.

Pelo menos pra mim é a mesma coisa. Não existe nenhum erro de paradigma
na analogia.

> O EXTRA fez uma brincadeira de gosto duvidoso, a fim de *prejudicar* o
> vendedor. É impossível traçar um paralelo entre o caso da Dell.

Não foi uma brincadeira, foi uma punição imposta pelo superior imediato.
Neste ponto, assim como no CDC para o caso da dell, a lei é clara: sob
nenhum argumento, o empregado poderá ser submentido a situações
vexatórias ou injuriosas.

> Neste caso, uma analogia mais realista seria se a Dell tivesse fazendo
> uma propaganda/promoção dúbia, com intenção de iludir o consumidor, isto
> é, propaganda enganosa --o que não foi o caso.

Sim isso existe. Muitas lojas anunciam produtos a preços inacreditáveis,
e quando se chega na loja, atraido pela oferta, o produto já acabou, se
é que existiu. Então, já que o consumidor está lá mesmo, o vendedor lhe
oferece um sem número de produtos para ver se vende.

Uma vez fiz uma grande rede de eletro-eletronicos mostrar no Procon o
talão de notas fiscais para provar que existia a mercadoria e ela foi
vendida, não obstante o fato de que as notas foram tiradas em sequencia
em nome de "laranjas".

Se você, e outros aqui, quiser mudar as leis para que o país se adeque
ao que voces *acham* que é certo, procure o deputado federal eleito com
seu voto e encaminhe a ele a proposta de mudança na lei. Se o deputado
em que você votou não foi eleito, você mesmo pode recolher assinaturas
para entrar com um projeto de lei por meio de uma ação popular. Somente
*julgar* e *condenar* pessoas que agem e pensam diferentes de você não
vai mudar nada. As coisas não funcionam do jeito que achamos.

--
Outgoing mail is certified Windows Free
checked by Debian GNU/Linux <http://www.debian.org>.



Reply to: