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MBR, GNU/Linux e Windows era:[Re: configuração do lilo]



Guilherme Ribeiro <guilhermefilipe@netcabo.pt> writes:

> Olá e obrigado,

Olá
 
> acho q o problema é mesmo do Win2k, 
> será q existe alguma forma de instalar o win2k sem estragar a instalacao do 
> Linux visto que tenho o linux num disco á parte?

Não sei.

Para evitar problemas, crie um disco de boot:

(root)$ mkboot

Assim, após a instalação do Windows, podes restaurar a MBR ("enxergar" novamente o Linux)

Uma curiosidade. É bem conhecida a política Windows com respeito ao Registro Mestre de Inicialização (Master Boot Record, MBR): não pergunta ao usuário se quer sobrescrevê-la, não lhe avisa que vai sobrescrevê-la, e, tcham, a subscreve (que maravilha!). Isto aconteceu quando fui instalar o Windows (ou deveria dizer rererererere...opa, vamos economizar o tráfego na rede,...instalar): minha esposa o utiliza. Até aí nenhuma novidade, já tinha o disco de inicialização com o grub, linha de comando, tudo certo. Assim, após a reinstalação (perdoem a REdundância! :=)) do Windows, "sumiu" o Debian, inicializei pelo grub, recoloquei as coisas nos lugares, ok, tudo em cima.

Surpresa, minha esposa relata que recebeu a seguinte mensagem ao acessar o sistema logo após esta alteração: em síntese: "seu computador pode ter um vírus" (e, certamente, tem; a solução? format c: ). "O registro de inicialização mestre de seu computador foi modificado....."

Pressuposto desta afirmação: não há outro sistema operacional instalado no seu computador. O mesmo pressuposto está por trás da política DNA (Delete e Não Amole) em relação ao MBR: não é preciso perguntar nem avisar acerca da sobrescrição do MBR pois, afinal de contas, não há outra coisa no mundo que o Windows.

Não houvesse mais uma porção de razões para não usar uma tal plataforma, e há, ainda assim a ideologia por trás destes dois aspectos do sistema Windows (o que ele faz ao instalar-se e o que supõe depois de instalado) me parece uma razão suficiente para buscar uma outra alternativa. 

O Windows é um sistema solipsista, só reconhece sua própria existência (caso, aliás, não tão incomum!). A pluralidade, contudo, é uma condição para o progresso (a evolução da natureza nos ensina isto). A "ideologia Windows" (ou melhor, Microsoft), na exata medida em que recusa esta condição, e busca eliminar tal pluralidade, é algo muito nefasto, é um retrocesso.

O modo como pensamos o mundo (nossa ideologia) se expressa não tanto no que dizemos, nossos discursos, mas no que fazemos. Assim, é na interpretação do que está por trás de ações e atitudes que descobrimos os valores dos agentes, o que querem. Penso que esta pequena digressão serve para mostrar em que os homens que fazem a Microsoft acreditam, o que eles pensam ser bom. Eu não compartilho destes valores. Por isto defendo o que me parece ser a antítese disto: Debian GNU/Linux
 
 
> Um abraço
> 
[corta]

inté + v

-- 
Marcio Teixeira
Usuário "tchê" Debian/GNULinux

Porto Alegre - RS - Brasil

"A vida é como uma boa prova escolar: é curta, com múltiplas escolhas."

O "world" não é o Word. Uso LaTeX: viva o código aberto!



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