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Re: Re: (linux-br) [OFF-OFF-TOPIC] Padronização de linguagemhumana - esperanto



Caio Begotti wrote:


Foi esse o erro da língua... ser "artificial" demais... tentaram
impor ela demais... ainda mais atrelada ao "kardecismo"... religião,
imposição e língua... mistura perigosa...


	Dessa de atrelar Esperanto e Kardecismo eu não sabia.  Como é essa estória?

Mas para voltar ao assunto Debian, é como a luta que sempre há entre proponentes das linguagens de programação... cada um tem mil razões para dizer que sua linguagem favorita é a melhor. Mas ao fim e ao cabo o que acontece é que todo mundo aprende pelo menos duas ou três linguagens, das quais uma costuma ser C -- simplesmente porque quase todo mundo entende, tem lá suas qualidades e muitos programas escritos em C. O mundo seria muito melhor se todo mundo soubesse, por exemplo, Scheme em vez de C. Mas isso nem o Richard Stallman conseguiu.

Da mesma maneira o Inglês tem lá suas qualidades, quase todo mundo entende, e tem muita literatura em Inglês. Concordo que o mundo seria muito melhor se todos falassem Latim ou Grego Clássicos, mas isso nem a Igreja Romana conseguiu.



FUD também não... e se fosse pra falar Esperanto, continuaria no
Portuga... se não me engano tentaram com uns documentos mostrar pra
ONU que o Esperanto deveria ser considerado língua universal, tipo
assim:

Brasileiro fala Português e Esperanto...
Russo? Fala a língua russa e Esperanto...


Houve muita resistência... imagine o diplomata ou o funcionário de comércio exterior. Ele tem de aprender sua língua mais uma ou duas. Então é melhor que sejam o Inglês e mais Espanhol ou Francês ou Alemão ou Japonês ou Chinês ou sei-lá-o-quê, porque ele vai poder conversar diretamente na língua materna de outras pessoas, e ler literatura nas línguas originais dos países -- o que é muito melhor que ler traduções, ainda mais para uma língua artificial! --, e se viajar lá ele entenderá mais da cultura dos países em questão, uma boa parte da qual está incorporada em ou condicionada por a língua do país.

Para voltar ao tópico (mais ou menos), imagine se todas as especificações de programas fossem escritas em Scheme -- ou C, ou que linguagem você preferir. Até hoje a gente quer uma língua cheia de exceções, mas rica, como o Inglês, Português, etc... para descrever os programas e comentá-los. Ninguém pensa em conversar numa linguagem de programação -- elas podem ser boas para computadores, mas nenhuma linguagem artificial até hoje conseguiu as sutilezas de qualquer linguagem natural.

Querem um exemplo? Conheço um missionário protestante entre os índios Ianomâmi. Quando ele passa por São Paulo com a família, uma vez a cada tantos anos, e vê algo engraçado, ele tira sarro em Ianomâmi com a família -- eles dizem que é muito mais engraçado do que seria em Português.

Com linguagens de programação é a mesma coisa. COBOL é uma porcaria, mas serve bem para tratar arquivos seqüenciais. Nem pense em fazer um compilador em COBOL -- é pedir para sofrer. E ainda assim tem gente que só pensa em COBOL, porque tudo o que tem que fazer na vida é tratar arquivo seqüencial.



Vamos ser francos, a gente tem
que falar inglês - e eu não tenho nenhum problema em falar/escrever
inglês - mas é pura dominação mesmo, não "democrático".

Língua de verdade é a dulpa grego/latim é fim de papo... detona!

	Concordo.  Voto pelo Grego!

E todo usuário de Debian tem de ter certificado de conclusão de curso de Scheme.

	Ops... acho que não dá, né?



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