Re: melhora tradução e suporte a placas d videos.

Em 27 de outubro de 2010 13:26, China <china.listas@gmail.com> escreveu:

Ocorre que estas marcas não liberam espcificações para que a
comunidade possa desenvolver os drivers, e nem coloca gente dela para
fazer. Tem uma ou outra que até tenta, mas como o código é
proprietário fica impossível usar!!!!

Só a título de Info:

Membros da Linux Foundation: http://www.linuxfoundation.org/about/members
Suporte a Linux da Nvidia: http://www.nvidia.com/object/unix.html
Suporte a Linux da ATI: http://support.amd.com/us/gpudownload/Pages/index.aspx
Suporte a Linux da Intel: http://www.intel.com/support/graphics/sb/cs-010512.htm

Isso significa que drivers existem. A desculpa de que o fabricante não fornece talvez seja válida pra Via, por exemplo, e para alguns modelos desses fabricantes que você citou, mas não é regra. No geral, esses fabricantes tem dado suporte ao Linux. Os drivers são livres? Vários deles não, mas estão disponíveis.

Aqui você se engana. O Ubuntu desrespeita várias licenças ao
redistribuir software proprietário embarcado em suas pré-instalações,
e isso não é filosofia Debian. Logo se passasse e vir nos CDs do
Debian drivers da nVidia, por exemplo, o Contrato Social iria pro
saco.

Humm. Poderia ser mais específico quanto a isso? Quais licenças? O que exatamente significa o termo "desrespeita" usado por você?
Se a Canonical, ou a comunidade Ubuntu desrespeitassem licenças de software, já teriam sido processados por isso, coisa que eu, pessoalmente, não tenho notícia. Por padrão, a instalação do Ubuntu é feita *apenas* com softwares livres. As pessoas têm a *opção* de habilitar os repositórios de software proprietário e com "problemas de licenças", como vem descrito no Editor de Canais de Software, mas isso é uma decisão pessoal, não "do Ubuntu".
Agora, uma coisa é instalar programas e drivers não livres, o que é possível no Ubuntu, *e*também*no*Debian* (embora a facilidade de se fazer isso seja maior no primeiro). Outra, muito diferente, é "desrespeitar licenças de software". O Debian tem por filosofia utilizar apenas softwares livres (ainda que a FSF não reconheça a distribuição como uma das que sejam *totalmente* livres - http://www.freesoftwaremagazine.com/columns/gnewsense_the_free_ubuntu). O Ubuntu não compartilha dessa visão porque o foco é fazer o sistema funcionar.

Finalizando, o Debian não é uma distribuição de prateleira, ou de
caixinha. O Debian é um projeto que tem um manancial quase infinito de
soluções baseado em todo o conhecimento produzido pela humanidade, que
está disponível para quem quiser tirar dele a sua solução.

Suponho que a maior parte das distribuições Linux também. Esse "conhecimento produzido pela humanidade", diga-se de passagem, não é de exclusividade do Debian, nem o Debian é a fonte por onde jorra esse conhecimento. Da maneira como você coloca, parece que todos devem isso ao Debian, o que não é verdade.

O Ubuntu é
a maior prova disso: se aproveita de toda a pesquisa que o Debian
acumula para fazer uma distribuição de sistema operacional para
desktops.

E qual o problema disso? Essa é a beleza do software livre: Você pode pegar o trabalho de muitos que vieram antes de você, trabalhar um pouco nele, melhorá-lo, personalizá-lo, fazer uma coisa para que outras pessoas possam usar, e disponibilizar o conhecimentos para as pessoas. E vice versa: você faz e outros aproveitam o seu trabalho para melhorá-lo.
Além disso, da maneira como você coloca, parece que a comunidade Ubuntu não faz nada além de copiar. Não há pesquisa, não há inovação, não há contribuição, o que também não é verdade e a popularidade do Ubuntu é prova disso (http://distrowatch.com/stats.php?section=popularity).
O Ubuntu faz por muitas pessoas o que o Debian não faz: simplifica as coisas. Isso é um pecado? Não vejo na comunidade Ubuntu nenhuma crítica ao Debian do tipo "anacrônico", "engessado", etc. Ao contrário, vejo um respeito muito grande da comunidade Ubuntu para com suas origens no Debian. Inclusive, várias pessoas, participam das duas comunidades. É triste ver que algumas pessoas na comunidade do Debian vejam o Ubuntu como um "filho bastardo", ou "ovelha negra"... Afff!