Voc fala de facilidade de uso? O Ubuntu 9.04 faz tanta coisa pro usurio, que d t raiva.
Curioso isso. Não gosto do Ubuntu e do KDE (até mesmo do GNOME) justamente pelo excesso de coisas que eles fazem sem que eu queira. Toma um tempo configurá-los de modo que dêem sossego (mas funciona!). Por outro lado, quando tenho dificuldades com alguma configuração, o que faço é justamente rodar o kcontrol pra resolver o problema de um modo fácil, até aprender como fazer.
Então no dia-a-dia uso um fluxbox *bem* básico (somente barra de ferramentas e teclas de atalho personalizadas). Isso só me é possível porque comecei usando KDE, depois GNOME, depois blackbox até chegar ao fluxbox (que mesmo sem ter alguns recursos do blackbox traz outras vantagens).
Minha WebCam, instalou que foi uma maravilha no Ubuntu, impressora Laserjet HP 1020, de novo o Ubuntu perguntou, "Voc no tem o driver para esse equipamento, deseja que eu instale?", que cara chato heim?
Acho que o Ubuntu sugere por default muitos complementos proprietários nesses casos, tipo Adobe Flash Player, codecs, drivers de hardware... ou não? (Não no caso da HP, porque ela mesma oferece drivers/software livres para seus equipamentos.)
Pra mim, a nica coisa que ainda prende o usurio no Windows, a preguia do cara de querer explorar um SO novo, porque dificuldade, no vejo maisnenhuma.
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Obs, antes de rodar o skype, tem de conseguir se conectar a internet, baixando (e/ou compilando) o suporte a ppoe, ou se tiver 3g ento tem de entrar em fruns, baixar um script, aplicar permisses, rodar o setup do script, depois rodar e torcer para dar certo. Veja l se algum usurio vai querer passar por isso pelo simples fato de se sentir "LIVRE"!!??
Não creio que seja o estranhamento com "outro SO" o principal fator para muitas pessoas preferirem o Windows ao GNU. O problema maior é que o mundo está infestado de pragas proprietárias que as pessoas julgam imprescindíveis (porque são praticamente forçadas a isso na internet por empresas): RAR, Flash, Java, Skype, Ipod, sei-lá-o-quê... (Tenho uma atitude radical sobre isso, mas não devo esperar que outras façam o mesmo: acho que sítios em Java ou Flash simplesmente não merecem minha visita; rejeito arquivos em formato proprietário quando me enviam; assim como me nego a instalar software proprietário quando me sugerem fazê-lo.)
Quando falo de software livre e dos problemas do software proprietário, muitas pessoas ficam interessadas; algumas tentam experimentar algum liveCD, mas a maioria acaba preferindo o jeito mais cômodo -- usar software proprietário sem licença --, justificando-se com a frase "pelo menos não estou dando dinheiro a eles".
Pra mim, pessoalmente, o maior problema é suporte a certos componentes de hardware da moda. É difícil encontrar para comprar um computador cujos componentes funcionem somente com software livre. Encontrando, um grande esforço é encontrar os drivers, instalar e configurar.
Por exemplo: o softmodem de meu PC depende do martian_modem (non-free), e o de meu laptop (que veio com Mandriva) depende do sl-modem (non-free); o wireless do laptop usa driver para Windows através do ndiswrapper; o X não funciona perfeitamente, apesar de eu já ter tentado de tudo; e nem sei se é possível ativar a aceleração da placa de vídeo (que existe no hardware, pela ficha técnica).
Acho uma pena, e sei que o esforço que faço para fazer componentes de hardware funcionar não é para qualquer pessoa. Mas as coisas são feitas para funcionar no Windows, e então... É a maior barreira, penso eu.
A comunidade opensource tem de ter o foco nesse usurio, no povo, que a grande massa que usa sistema proprietrio.
Há pessoas interessadas nisso, mas veja: há uma questão "cultural". Usuários de software livre geralmente são desenvolvedores e fuçadores, com perfil diferente da maioria das pessoas. Muitos desenvolvedores não fazem as coisas "mais fáceis" porque não sentem tal necessidade, e provavelmente nem imaginam como funciona a cabeça das outras pessoas (usuários leigos). (Eu, que não sou programador, mas escrevo um programinha ou outro de vez em quando, não consigo me imaginar fazendo um programa com interface gráfica, usando botões com ícones, porque funciono em "modo texto" e prefiro linha de comando sempre que possível. Eu simplesmente não saberia fazer um programa dito "amigável", porque geralmente sou apático a esse tipo de interface e, se o programa já é plenamente funcional sem isso, acho perda de tempo.)
Muitos programadores de software livre os desenvolvem no tempo livre, para resolver tarefas pessoais. Atender à conveniência de outras pessoas tem prioridade mais baixa, e é muito trabalhoso (diversas e imprevisíveis configurações de hardware, sistemas operacionais, gerenciadores de janelas, instaladores, dependências, compatibilidade, etc).
Por isso admiro grandemente a comunidade Debian pelo excelente e dedicado serviço que oferece ao mundo sem exigir nada em troca.
Obrigado Debian! Hudson Lacerda