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Re: [Cliente remoto Microsiga AP7] Falha de segmentação



Maxwillian,

>Cara eu já trabalhei em empresas pequenas, médias e hoje estou numa
>software house multinacional. Nunca ouvi tal exigência por proteção
>jurídica.
Eu ouço falar disso todos os dias. Isso entra no "escopo do projeto de
implantação". Se a empresa onde você trabalha faz softwares de
gestão, então procure o pessoal do comercial, principalmente o pessoal
de pré-vendas e o pessoal de gerência de implantação de projetos, ou o
pessoal do jurídico e pergunte.

>> E pra te falar a verdade, duvido muito que ele funcione no Red Hat e não
>> funcione no
>> Debian. A gente só tem de encontrar a maneira.
>Há questões que impedem isso, questões técnicas como constado
>anteriormente: incompatibilidade de bibliotecas. Há solução sim, mas
>muito trabalhosa.
Como eu disse: A gente só tem de encontrar a maneira.

>Na verdade a SuSE sempre teve um foco empresarial e a RedHat assumiu
>esta postura pela popularidade. Ubuntu é o fruto de um entusiasta
>milionário disposto a gastar com isso.
... Que agora decidiu entrar no mercado corporativo de servidores.

>Se tu tiver um RedHat AS 5.0 e perder os dados de todo o teu ERP por
>um bug no kernel, não vai poder fazer nada contra a RedHat, tu leu e
>concordou com isto, citado no contrato. Neste caso, o que adianta ter
>a empresa para responsabilizar juridicamente? O mesmo vale para tantas
>outras como Microsoft, Sun e etc. Eles fornecem um sistema operacional
>e em alguns casos suporte, nada mais.
Você pode até ter essa opinião. Mas na prática, as coisas não acontecem assim.
Existem muitos detalhes na legislação que permitem responsabilizar uma
empresa por prejuízos que o produto/serviço  que ela tenha vendido a outra
venha causar. Quando falamos que a Microsiga "homologa" o RH, não é
porque ela achou o RH bonito, mas porque testou o produto exaustivamente,
com o suporte da RH, ou seja, existiu, no mínimo, um acordo entre as empresas.
Existem várias maneiras de duas empresas dividirem os riscos e as
responsabilidades. Uma delas se chama parceria. Como fazer uma parceria
no caso do Debian?

>Te garanto que muitas dessas decisões passam por gente competente e
>que tem conhecimentos técnicos antes de chegar num CIO e/ou CEO. Meio
>sem fundamento este argumento de "deixar na reta", ele fica "na reta"
>de todas as formas mais por uma questão de equipe incopetente que por
>problemas com a empresa/fundação que provê o sistema operacional.
Sim, mas a decisão é muito mais política do que técnica. Não basta ter
uma equipe técnica super competente que indique o Debian, mas que não
saiba dizer para a direção o porque e quais os riscos. Incompetente é o
diretor que toma uma decisão baseado apenas em aspectos técnicos.

>Não é risco desnecessário, é falta de conhecimento técnico mesmo. Como
>disse, poderia muito bem homologar com determinadas versões de
>bibliotecas e se fosse o caso compilar todos os binarios
>estaticamente. Assim o requisito seria "compatibilidade com binários
>ELF" e no máximo uma versão da LIBC e não uma distro. ;)
Como eu disse, a decisão não é apenas técnica. Ela leva em conta vários
aspectos além do técnico, que é importante, mas não é o mais importante,
do ponto de vista do cara que administra uma empresa. Esse também
é o motivo pelo qual todas as empresas do mundo não migram de uma
vez para o Linux, já que tem uma segurança maior e um custo financeiro
menor. O custo não é só financeiro, o aspecto técnico não é o único e
a decisão não é tão simples.

Abração,
 
Paulo de Souza Lima
Curitiba/PR
Linux User 432358

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