Re: [OT] Re: provedores de banda larga

[Marcos Vinicius Lazarini <lazarini@nics.unicamp.br>]

Douglas A. Augusto wrote:
> No dia 19/09/2005 às 13:57,
> Marcos Vinicius Lazarini <lazarini@nics.unicamp.br> escreveu:
>
> > Isso é o que a gente pensa, mas tem que ver o que diz o contrato. Eu não 
> > sei como é hoje, mas nos antigos de IP fixo, era proibido compartilhar.
>
> O contrato não é a palavra final. Muitas cláusulas podem ser julgadas
> abusivas, e portanto seriam anuladas.

Mas ai vc quer mudar a regra do jogo no meio do campeonato. Tudo bem, pode 
ser até que você esteja certo, mas quem vai decidir é o juiz do tribunal e 
não nós. Seria muita coisa já contar com essa mudança...

> De qualquer forma, ao menos o contrato do serviço ADSL residencial do
> Velox não prevê qualquer cláusula restritiva neste sentido.

Pode ser que nos novos contratos eles pensaram ampliar a rede de usuários, 
já sabendo que poucos iriam comprar mais de um ADSL por residência


> > > Diferentemente, ao
> > > "compartilhar" a internet, o usuário estaria dividindo o tráfego, isto
> > > é, haveria perda para o próprio assinante.
> >
> > Perda por que, já que ele não está usando 100% do tempo?
>
> Quem te garante? A não ser que o uso seja não simultâneo. Mas ainda
> assim faz parte do plano, isto é, o consumidor ainda continua
> respeitando seus x bits por segundo. Aliás, o serviço não é 24h por dia?

Bom, se fosse projetado pra todo mundo ficar ligado 24h por dia faria mais 
sentido usar IP fixo, não?
Eles sabem que a rede não vai ser utilizada em 100% da capacidade 100% do 
tempo por 100% dos clientes. Enfim... o assunto está se perdendo aqui...

> Ou então será que eu também não poderia deixar, por exemplo, meu irmão
> usar minha conexão (no meu computador) enquanto eu não estivesse
> mexendo?!?

Isso equivale a não deixar outra pessoa assistir a TV a cabo qdo vc não 
estivesse por perto... sem sentido :-)


> > Perda sim é para quem oferece o serviço. igual ao caso do médico: vc compra 
> > 30 min de consulta médica ou a solução do seu problema?
>
> Geralmente paga-se pela consulta de um paciente, não pelo tempo.

(*) É exatamente isso que eles vendem nos planos de ADSL. Eles vendem um 
serviço de acesso a internet, e não um produto 'link com a internet 24h/dia 
de 300 kbps'. Por isso há portas fechadas, por isso há quota, não há 
garantias de QoS, etc etc


> O que você chama de perda é o mesmo que dizer que os supermercados
> estariam perdendo se o consumidor em vez de jogar o resto de feijão que
> sobrou ele tivesse dado para o vizinho. Oras, sim, pode-se dizer que o
> supermercado estaria perdendo, mas isso é forçar a barra.

não sei se é bem essa a analogia, mas como vc gostou do feijão :-)
Eu prefiro pensar no tanto de feijão que um restaurante self-service joga 
fora ao final do almoço - ou vc acha que eles fazem exatamente a quantia 
certa? Voce deve dimensionar a sua 'produção' para o mais próximo possivel 
da demanda - e a sua demanda não pode ser 'duas pessoas comendo pagando 
apenas uma'.

> > Isso é bem diferente do contrato de aluguel um link de xxxx kbps, pra voce 
> > usar do jeito que voce bem entender.
>
> Por que diferente? Ou então o contrato não é ter um número de bits por
> segundo por IP durante 24h por dia?!?

Veja (*)

> Então também não poderia fazer um download a x bps durante o dia todo?
> Alguns provedores colocam um taxa mensal de download, mas isso
> descaracteriza o tipo de serviço que estamos discutindo, ainda que não
> haveria restrição (além da perda ao usuário) se compartilhada a conexão.


--
Marcos