Bem, estou escrevendo esse e-mail pq vi muita gente votando pelo não. Especialmente, gente inteligente votando pelo não. Deixem-me portanto expor alguns pensamentos, se não for encher o saco. Primeiro vamos ao óbvio:
1) É óbvio que bandidos profissionais, traficantes, etc... não vão ser afetados pela lei, até pq parte do armamento que eles utilizam já era proibido por lei.
Dito isso, vamos analisar os outros efeitos da proibição.
Efeito preço: A proibição reduziria o estoque de armas na população(pela entrega), e encareceria o custo de reposição(teriam que ser importadas do paraguai). Desse modo, o custo das armas iria subir no mercado negro(paulatinamente.) Uma medida dessa aumento de custo pode ser inferida pelo fato de que 62% das armas apreendidas com bandidos no Rio de Janeiro tiveram, um dia, origem legal. Se o custo das armas aumenta, e também sua disponibilidade, aquele bandido não-profissional(o viciado em drogas que já não tem dinheiro, o desempregado por muito tempo, etc...) irá enfrentar um custo fixo de entrada mais alto na profissão do crime.
Efeito interação social: Fazendo da posse de armas crime inafiançável, podemos esperar que menos pessoas carreguem armas na rua. Desse modo, reduz-se mortes em discussões de transito, briga de bar, etc. Novamente no estado do Rio de Janeiro, desde o começo da campanha para o desarmamento houve uma redução de 8% no número de homicídios. Agora o pessoal vai partir para a facada ou cadeirada. Mas é raro alguém morrer disso.(E se fosse vc na briga de trânsito?). Pode-se estimar esse efeito tabu pela legislação ambiental brasileira(traficar animais silvestres é crime inafiançável). Ainda há tráfico, muitas vezes às claras, mas houve uma redução significativa após a legislação.
Esta mensagem foi enviada por Felipe César Diógenes para Edmilson. Para ver o perfil de Felipe César, clique:
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