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Novo artigo por Pablo Lorenzzoni



Olah pessoal do Estilo.

	Estou enviando mais um artigo. É o segundo depois da série "Una-se à 
Revolução". Por favor... não esqueçam de publicarem os artigos nessa 
ordem.
	[]s

	Pablo
-- 
Pablo Lorenzzoni (Spectra) <spectra@debian.org>
GnuPG Key ID 268A084D at search.keyserver.net
Webpage: http://people.debian.org/~spectra/ 
Você já recebeu SPAM?

	Com certeza já. Talvez você não saiba que o nome daquelas centenas de emails
"inesperados" que chegam todos os dias às nossas caixas de entrada oferecendo
alguma coisa é spam, mas com certeza você sabe do que eu estou falando.
	O spam (ou UCE = Unsolicited Comercial Email) é uma das maiores e mais
perigosas pragas da internet. Talvez piores do que os vírus. Por quê? Porque
aproximadamente 40% do tráfego de dados da internet é por email, e tem se notado
um aumento exponencial na proporção desse tráfego que é representado por spam
(atualmente entre 20-30%, mas já foi tão baixo quanto 5% há apenas dois anos).
Tudo indica que, se não fizermos alguma coisa, o spam vai tornar nossa internet
cada vez mais lenta.
	Para resolver o problema, várias abordagens já foram desenvolvidas dentro do
mundo do software livre. São "listas negras", filtros baseados em regras, e
checagem de assinatura digital apenas alguns exemplos dessas tentativas. Nem
preciso dizer que poucas atingiram o sucesso esperado... Mas quero relatar uma
experiência que estou tendo com um software relativamente novo que congrega os
melhores dos métodos já citados: SpamAssassin (http://www.spamassassin.org/)
	Para instalá-lo, no Debian, use o apt-get da maneira usual. O nome do pacote é
"spamassassin". Outras distribuições podem procurar informações no site citado
anteriormente. Para os usuários de Windows não tenho conhecimento de suporte.
	A primeira vista, o SpamAssassin é como qualquer outro filtro de spam: baseado
em regras. Mas seu poder não reside somente nisso. Ele estabelece um sistema de
pontuação para cada email, e um limiar, a partir do qual o email é considerado
spam. E, acreditem, é bastante eficiente nisso. Seus criadores acreditam que ele
é capaz de identificar em torno de 94% dos spams, porém um número mais realista
seria em torno de 85% (segundo a minha experiência).
	Mas não pára por aí! O SpamAssassin utiliza uma miríade de formas de testar
emails, variando deste uma simples checagem contextual no cabeçalho do email até
as "listas negras" e um sistema distribuído interessante chamado de Vipul's
Razor (http://razor.sourceforge.net/).
	As listas negras todos conhecem: são sites que listam as maquinas que fazem
relay aberto (utilizadas por spammers) e permitem que programas clientes (como o
SpamAssassin) obtenham essa informação e comparem com o email que está chegando.
Para maiores informações sobre essas listas veja o site: http://www.orbz.org/
	O Vipul's Razor já é outra história. É um sistema distribuído que se aproveita
do fato de que o spam é enviado em grandes quantidades. Se um determinado número
das pessoas que receberem esse spam relatarem o fato, uma checagem no sistema
indicará se o email é spam ou não. Em outras palavras: se o email for marcado
como spam anteriormente, o sistema indica e as pessoas que o receberem
posteriormente poderão interromper a cadeia. Esse software é utilizado em
conjunto com o SpamAssassin se estiver instalado. Para instalá-lo no Debian, o
nome do pacote é "razor".
	Para utilizar todos esses benefícios do SpamAssassin, basta que sua ferramenta
de filtragem de emails preferida seja programada para executá-lo para cada email
recebido. Para procmail, uma regra simples é:
---------------------------------------------
:0fw
| spamassassin -P

:0:
* ^X-Spam-Status: Yes
spambox
---------------------------------------------
	A regra acima significa: "Passe todos os emails pelo spamassassin. Se ele
marcá-lo como Spam (X-Spam-Status: Yes), coloque na pasta 'spambox'".
	Viu como é simples acabar com o spam? Então "mãos a obra"!

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