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[RFR] wml://www.debian.org/releases/potato/installguide/index.wml



Segue uma nova tradução para revisão.
Sugiro pegar em ITR, o arquivo é imenso.

Abraços,
Thiago Pezzo (Tico)



Sent with ProtonMail Secure Email.

‐‐‐‐‐‐‐ Original Message ‐‐‐‐‐‐‐
On Thursday, July 16, 2020 2:55 PM, Thiago Pezzo <pezzo@protonmail.com> wrote:

> Vou traduzir este arquivo.
>
> Abraços,
> Thiago Pezzo (Tico)
>
> Sent with ProtonMail Secure Email.

#use wml::debian::template title="Instalando o Debian Potato" NOCOPYRIGHT="yes" NOLANGUAGES="yes"
#use wml::debian::translation-check translation="6f3adf6374f35194686f89dec2ba66b1ecf3bb5f"

<H3>por Mark Stone</H3>

<P><em><strong>Nota</strong>: Este <strong>não</strong> é o
<A HREF="../installmanual">manual de instalação oficial para o Debian GNU/Linux
2.2 (`potato')</A>.</em>

<P>Hamm. Slink. Potato. Woody. Não, você não está assistindo "Toy Story". Você
se deparou com a linhagem das distribuições Debian. Se seu objetivo é
expulsar o diabólico sistema operacional Zurg do seu computador, ou encontrar um
jeito pacífico de coexistência com ele, você descobrirá que a atual versão
estável do Debian, vulgo Potato, é o Debian mais fácil de se trabalhar já feito.

<P>Tradicionalmente, o Debian e a Red Hat se contrastavam enquanto distribuições
Linux; a Red Hat tem a fama de ser mais fácil de instalar, enquanto o Debian tem
a fama de ser mais fácil de manter e atualizar depois de instalado. Esta
distinção ainda é verdadeira, mas agora o Debian está muito mais fácil de
instalar.

<P>Nós não vamos entrar em todos os meandros do Debian neste
artigo. O que vamos fazer é te mostrar como configurar uma máquina com dual boot
(inicialização dupla) que permita que você rode tanto o Windows como o Debian
GNU/Linux, e vamos te mostrar como fazer um tipo simples de instalação, uma que
um(a) iniciante gostaria para poder brincar com o Linux e ter uma experiência de
como o sistema funciona.

<P>Vamos passar por várias etapas:

<OL>
  <LI>Documentando seu sistema;
  <LI>Preparando seu disco rígido;
  <LI>Instalando o sistema base do Debian;
  <LI>Selecionando e instalando pacotes;
  <li>Configurando o sistema;
  <li>Um olhar rápido em como atualizar o Debian.
</ol>

<P>O Debian pode ser instalado de disquetes se absolutamente necessário; vamos
assumir, entretanto, que você tem um CD do Debian Potato. O Debian pode ser
instalado em uma ampla gama de sistemas, de antigos computadores 486 até
modernas arquiteturas não Intel. Uma instalação completa de todos os possíveis
pacotes Debian consumiriam muitos gigas; algumas versões do Linux cabem em um
único disquete. A extensão das possibilidades com o Linux é grande. Vamos
assumir, contudo, um perfil típico. Vamos assumir que você tem uma máquina
rodando o Windows 98, com hardware adequado para fazê-lo. Vamos assumir que você
tem um processador Pentium com ao menos 64MB de RAM, placa de vídeo que suporta
cores reais (true color) em ao menos 1024x768, um drive de CD-ROM, um modem e
um disco rígido grande (você usará 10GB nesse exemplo).

<P>Finalmente, assumiremos que você não quer eliminar o Windows ainda,
mas quer configurar sua máquina de modo que você possa escolher ou o Windows
ou o Linux na inicialização, ou seja, no boot. Este tipo de configuração é
chamada de máquina em dual boot.

<P>Lembre-se, nenhum guia de instalação cobre tudo. Mas lembre-se também de
que você não está sozinho(a). O canal IRC #linuxhelp no irc.freenode.net é um
lugar excelente para procurar por ajuda, como também é o #linux.com-live!
Certifique-se de verificar o calendário do Linux.com's Live! para as próximas
festas de instalação via IRC. Na verdade, este artigo só foi possível devido
às excepcionais respostas que apareceram no IRC durante uma festa de instalação
feita através do IRC na LinuxWorld Conference and Expo em agosto passado.

<h3>Documentando seu sistema</h3>

<P>O Linux faz, atualmente, um excelente trabalho de sondagem automática do
seu sistema para determinar qual hardware você tem e quais configurações o
hardware foi configurado. �s vezes, contudo, o Linux precisa de ajuda, e há
ocasiões em que você descobrirá que possui algum componente que ainda não é
suportado pelo Linux. Para antecipar essas contingências, e para saber o que
fazer com elas, é importante documentar exatamente o que você tem em sua
máquina.

<P>Aqui está uma lista de verificação adequada para os diversos componentes de
sistema que você desejará conhecer antecipadamente:

<table>

  <tr>
    <th>Dispositivo</th>
    <th>Informação necessária</th>
  </tr>

  <tr>
    <td>Discos rígidos</td>
    <td>Número, tamanho e tipo de cada disco rígido. Qual disco rígido é
    reconhecido primeiro pelo seu computador, segundo, e assim por diante. Qual
    o tipo do adaptador (IDE ou SCSI) é usado por cada disco.</td>
  </tr>

  <tr>
    <td>RAM</td>
    <td>A quantidade de RAM instalada</td>
  </tr>

  <tr>
    <td>Drives de CDROM</td>
    <td>Qual o tipo de adaptador (IDE ou SCSI) é usado por cada drive.</td>
  </tr>

  <tr>
    <td>Adaptador SCSI (se houver)</td>
    <td>Fabricante e modelo da placa.</td>
  </tr>

  <tr>
    <td>Adaptador de rede (se houver)</td>
    <td>Fabricante e modelo da placa.</td>
  </tr>

  <tr>
    <td>Mouse</td>
    <td>Tipo (PS/2, USB, serial ou bus).  Protocolo (Microsoft, Logitech,
    MouseMan, etc.). Se serial, a porta na qual está conectado.</td>
  </tr>

  <tr>
    <td>Adaptador de vídeo</td>
    <td>Fabricante e modelo da placa. Quantidade de RAM de vídeo.</td>
  </tr>

  <tr>
    <td>Monitor</td>
    <td>Maior profundidade de cor e resolução que o monitor suporta
    no Windows. Taxas de atualização vertical e horizontal.</td>
  </tr>


  <tr>
    <td>Modem (se houver)</td>
    <td>Se externo, a porta serial na qual está conectado.</td>
  </tr>

</table>

<P>O Windows pode fornecer para você a maioria das informações necessárias
sobre seu sistema. Selecione Iniciar -&gt; Configurações -&gt;
Painel de Controle -&gt; Sistema. Você deve ver algo do tipo:

<P><a href="deb.0201.png"><img src="deb.0201-mini.jpg"></a>

<P>A maior parte das informações que você precisa poderão ser encontradas no
Administrador de Dispositivos. Escolha essa aba e uma janela como esta deve
aparecer:

<P><a href="deb.0202.png"><img src="deb.0202-mini.jpg"></a>

<P>Isto te mostrará quais dispositivos estão instalados no seu sistema. Ao
escolher um dispositivo, e clicar no botão "Propriedades", serão mostradas as
configurações para aquele dispositivo.

<h3>Preparando seu disco rígido</h3>

Bill Gates uma vez disse: "640k de RAM devem ser suficientes para todos(as)".
Este tipo de visão vanguardista do mundo, que nos deu um artifício peculiar do
DOS, agora tornou-se uma ferramenta útil: a partição de disco. O DOS, o
Windows 3.1 e até a versão inicial do Windows 95 tinham limitações sobre
quanto espaço em disco rígido eles poderiam reconhecer. Se o disco era maior
que este limite reconhecível (2GB para o Windows 95, eu acho), então o
sistema operacional não conseguia "ver" o resto do disco.

<P>Para contornar essa limitação, os discos poderiam ser formatados em
segmentos lógicos separados, chamados de partições. Um vez formatados dessa
forma, cada partição era tratada pelo sistema operacional como se fosse um
disco rígido separado. No Windows, se você começava com o disco rígido C:,
e o particionava, a primeira partição aparecia como C: e a segunda aparecia
como D:.

<P>Vamos explorar essa construção para deixar uma partição formatada como
uma partição Windows, e vamos criar uma segunda partição formatada como
uma partição Linux na qual instalaremos o Debian GNU/Linux.

<P>O Windows 98 consegue reconhecer tamanhos grandes de discos, então atualmente
a maioria dos computadores vêm com um disco rígido formatado com uma única
partição. Isto significa que você precisará:

<OL>
  <LI>desfragmentar seu disco rígido;
  <li>mudar o tamanho da partição existente para preencher somente parte do
      disco, e
  <LI>adicionar uma segunda partição no espaço recém-liberado.
</ol>

<P>O truque está em redimensionar a partição Windows sem destruir os
dados. Isso costumava ser uma tarefa árdua. Atualmente é bem fácil usando
uma ferramenta simples chamada de GNU Parted. Aqui está o que vamos fazer:

<OL>
  <LI>Criar um disquete de boot contendo os componentes Linux absolutamente
  mínimos que sejam necessários para executar o Parted;
  <LI>Iniciar o computador com este disquete;
  <li>Executar o Parted para encolher a partição do Windows;
  <LI>Reiniciar o computador e iniciar a instalação do Debian.
</ol>

<P>O redimensionamento do disco rígido de maneira não destrutiva será a forma
mais fácil, e a que terá menores possibilidades de problemas, se você
desfragmentar seu disco rígido primeiro. O Windows não armazena todos os
arquivos em setores contíguos no seu disco. Como resultado, os arquivos
acabam dispersos por uma grande porção do seu disco rígido, maior do que a
quantidade de espaço de disco necessária que você efetivamente está usando.
A desfragmentação simplesmente junta todos os setores sendo usados tão
eficientemente quanto possível no começo do seu disco rígido.

<P>Você pode usar a ferramenta de desfragmentação nativa do Windows selecionando
Iniciar -&gt; Programas -&gt; Accessórios -&gt; Utilitários de Sistema -&gt;
Utilitários de Disco.
Programas de desfragmentação mais efetivos vêm com suítes de utilitários como o
Norton Utilities.

<h3>Criando um disquete de boot com o Parted</h3>

<P>Inicialmente, seu disco rígido ficará parecido como isto, se você selecionar
Meu Computador -&gt; C: -&gt; Propriedades:

<P><a href="01win98.png"><img src="01win98-mini.jpg"></a>

<P>Para criar o disquete com o Parted, você precisará:

<OL>
  <LI>de um disquete vazio,
  <LI>da imagem de disco do Parted,
  <li>de um programa para escrever arquivos RAW no disco chamado Rawrite.
</ol>

<P>Você pode obter a imagem de disco do Parted em <a
href="https://www.gnu.org/software/parted/";>https://www.gnu.org/software/parted/</a>.
� o arquivo cujo nome termina com a extensão .img. Deve existir uma cópia do
Rawrite no seu CD do Debian. Se você não encontrá-lo, você sempre pode baixá-lo
de
<a href="http://ftp.debian.org/debian/tools/";>ftp.debian.org/debian/tools/</a>.

<P>Quando você roda o Rawrite, ele pedirá por um arquivo; passe o caminho
onde você baixou a imagem de disco do Parted. Isso será algo do tipo:
"C:\Windows\Desktop\parted.img". Então você precisará inserir o local de
destino, significando seu disquete. Entre com "A:".

<P>Agora simplesmente reinicie o computador com este disquete no drive.

<h3>Executando o Parted</h3>

<P>Quando este disquete inicia, você verá um monte de mensagens pouco familiares
rolando na tela, que é uma parte rotineira do processo de boot do Linux. Você
eventualmente chegará em uma linha de comando, algo remanescente à execução do
DOS, e você verá uma mensagem que diz "Você pode executar o parted digitando
'parted DISPOSITIVO' onde dispositivo é o nome do drive que você deseja
particionar'.

<P>O Linux possui um esquema diferente de nomear os drives de disco. Todos os
dispositivos, incluindo os drives de disco, estão listados em um diretório
chamado "/dev". Discos rígidos IDE -- o tipo mais comum -- iniciam com as letras
"hd". O primeiro disco rígido será "a", o segundo "b", e assim por diante. Cada
partição em um drive recebe um número, começando com "1". Então o Linux se
referiria à primeira partição do seu primeiro disco rígido como
"/dev/hda1" e se referiria ao primeiro disco rígido como "/dev/hda".

<P>O comando que estamos procurando, assumindo que você tenha um drive IDE, é:
parted /dev/hda.

<P>Isso te trará uma nova linha de comando com um prompt como este:

<P><tt> (parted) </tt>

<P>Se você pressionar enter, digite "?" ou digite "help" neste ponto, e você
obterá uma lista de todos os comandos do parted, como isto:

<P><a href="01parted.png"><img src="01parted-mini.jpg"></a>

<P>Vamos assumir que queremos encolher nossa partição de 10GB para, digamos,
4GB. Então queremos redimensionar a partição menor número 1, começando no
início e terminando em 4000. O comando se pareceria com este:

<P><tt> (parted) resize 1 0 4000 </tt>

<P>Isto é tudo que você precisa fazer.

<P>Algumas mensagens de aviso podem aparecer ao executar o parted, que têm a
ver ou com discrepâncias menores na forma como o Windows e o Linux medem o
tamanho do disco, ou com a movimentação dos arquivos de sistema do Windows.
De acordo com nossa experiência, esses avisos podem ser ignorados com segurança.

<P>Se você reiniciar seu computador neste ponto, o Windows 98 aparecerá como
antes e todos os seus programas e arquivos estarão intactos. A única diferença
que você vai notar é que o Windows agora acha que está em um disco rígido menor:

<P><a href="06win98.png"><img src="06win98-mini.jpg"></a>

<P>Você está pronto(a) para começar a instalar o Debian.

<h3>Instalando o sistema de base do Debian</h3>

<P>A maioria dos computadores hoje tem um BIOS configurado para suporte a CDs
inicializáveis. Se o seu computador suporta CDs inicializáveis, tudo o que
precisa fazer é inserir o CD do Debian Potato no drive e reiniciar seu
computador.

<P>Se seu computador não suporta CDs inicializáveis, então você precisará criar
um disquete de boot do Debian. Você usará o mesmo programa Rawrite que usamos
para criar o disquete do parted. Você somente precisa direcionar o Rawrite para
a imagem de disquete do Debian. Você encontrará a imagem no CD do Debian. O
caminho deve ser algo do tipo D:\foo.

<P>Certifique-se de que seu CD do Debian esteja no drive de CD-ROM. Seja
iniciando do CD ou do disquete, você deve ver uma tela de inicialização como
esta:

<P><a href="11debian.png"><img src="11debian-mini.jpg"></a>

<P>Neste momento, você pode simplesmente pressionar enter. De fato, você será
solicitado(a) sobre diversos pontos básicos sobre seu sistema no início da
instalação, para os quais é geralmente seguro escolher o padrão pelo
pressionamento do enter.

<P>Você vai notar que o script de instalação do Debian usa umas poucas e simples
convenções para navegação. Este é um script de instalação baseado em curses.
Isso é um modo elegante de dizer que o script usa a tela cheia e tem o conceito
de cursor, mas não o conceito de mouse. "Curses" é uma biblioteca dentro do
Linux que fornece esta capacidade. Em qualquer tela, você geralmente pode
navegar entre as seleções utilizando a tecla tab, ou as setas para cima e para
baixo. Pressionar o enter efetiva uma determinada seleção.

<P>Você perceberá que o script de instalação do Debian repetidamente te
perguntará sobre a mídia da qual deverá instalar, e quais fontes você quer
instalar daquela mídia. Para os propósitos deste artigo, nós sempre instalaremos
do CD e nós sempre instalaremos do <b>repositório estável main</b>. Se você
acha que esta repetição de perguntas é irritante, você não é o(a) único(a). Mas
lembre-se de que esta estrutura assegura ao Debian a capacidade de misturar e
combinar fontes de instalação, uma flexibilidade que você apreciará se alguma
vez você tiver que instalar sem um CD.

<P>Uma vez que você inicie a instalação, você verá as notas de lançamento:

<P><a href="09debian.png"><img src="09debian-mini.jpg"></a>

<P>Você será solicitado(a) a escolher o tipo do seu teclado (English e QWERTY
são os mais prováveis):

<P><a href="10debian.png"><img src="10debian-mini.jpg"></a>

<P>O primeiro ponto no qual você terá que fornecer mais que as informações
padronizadas será no particionamento. Você será apresentado(a) com a opção
de particionar um disco rígido:

<P><a href="11debian.png"><img src="11debian-mini.jpg"></a>

<P>Que diabos é o LILO? Você se perguntará diversas vezes durante a
instalação; este é o primeiro ponto onde esta questão aparece. LILO é o
"LInux LOader" ("Carregador do Linux" em português), o programa que realmente
gerenciará o processo de boot do seu computador depois que a instalação do
Linux estiver completa. Os carregadores de boot residem em um setor especial
no disco rígido conhecido como Master Boot Record. Seu BIOS sabe como passar
o controle para qualquer programa que esteja no MBR quando o BIOS terminar
as tarefas dele. Ã? responsabilidade do programa no MBR saber onde encontrar
o código de inicialização do sistema operacional no seu disco rígido.

<P>Nós substituiremos o processo de boot do Windows com o LILO. Faremos isso
porque o processo de boot do Windows somente sabe como iniciar o Windows. O
LILO, ao contrário, sabe como iniciar diversos sistemas operacionais, incluindo
tanto o Linux como o Windows.

<P>Assim, quando perguntados(as) se queremos fazer o Linux inicializável do
disco rígido, ou quando perguntados(as) se queremos instalar o LILO no MBR,
sempre responderemos que sim.

<P>A instalação do Debian te levará daqui até um programa chamado cfdisk.
O cfdisk, como o parted, é usado para criar partições. A interface de linha
de comando do cfdisk até parece com o parted:

<P><a href="13debian.png"><img src="13debian-mini.jpg"></a>

<P>Você precisará criar duas partições. Uma delas será a partição normal
do Linux, na qual o Debian será instalado. A outra será a partição de
swap. A partição de swap significa simplesmente que espaço de disco será
usado para temporariamente mover informações armazenadas na RAM quando o
sistema precisar liberar RAM. Pense nisso como usando o disco rígido como um
suplemento de RAM de emergência.

<P>Crie a partição swap primeiro e coloque-a depois da partição do Windows
em seu disco. No cfdisk, isto significa usar as teclas de setas para mover
o cursor para baixo até a área marcada como espaço livre, e então usar a
tecla tab para se mover entre os comandos embaixo da tela até você chegar
no comando "novo". Então pressione enter.

<P>Isto mostrará um menu com tipos de sistemas de arquivos onde cada entrada
no menu terá um nome e um número hexadecimal associado. Você seleciona um
tipo de sistema de arquivo ao entrar com o número hexadecimal apropriado.
Note que o menu tem duas telas de extensão e que você pode chegar na
segunda tela pressionando a barra de espaço. A entrada Linux swap está na
segunda tela e tem o número 82 associado a ela:

<P><a href="15debian.png"><img src="15debian-mini.jpg"></a>

<P>Perguntar para dois gurus Linux qual o tamanho da partição swap é o mesmo
que perguntar a um Corintiano e um Palmeirense qual o melhor time de futebol.
Guerras religiosas começaram por tópicos menos contenciosos. Nossa opinião,
e sabemos que há outras perspectivas, é que seu espaço swap deva ser duas
vezes a quantidade de RAM que você tenha, até um máximo de 128MB de swap.
Desse modo, se seu computador tem 128MB de RAM, faça um swap de 256MB. Se seu
computador tem 32MB de RAM, faça um swap de 64MB. E assim por diante.

<P>Uma vez que você adicionou a partição swap, você novamente terá que ir
até a lista do espaço livre e selecionar novo. Agora, você criará uma
partição Linux (número hexadecimal 83) para preencher o restante do seu
disco rígido.

<P>Criadas essas novas partições, você tem que explicitamente escrever a
tabela de partição no seu disco rígido. Caso contrário, essas mudanças não
terão efeito. Então grave a tabela de partição e então saia do cfdisk.

<P>Você retornará para o script de instalação do Debian. Você será perguntado(a)
se quer iniciar uma partição swap, e você deve responder sim.

<P>Você então será perguntado(a) se quer iniciar uma partição Linux. Você deve
responder sim. Isto significa que você vai criar um diretório no sistema de
arquivos onde sua partição Linux será montada; em outras palavras, um
diretório onde as informações daquela partição podem ser acessadas. Você
vai querer torná-la o diretório root: "/". Você será perguntado(a) sobre a
compatibilidade de sistema de arquivo 2.0. Sua escolha não é crítica aqui, mas
a menos que você esteja atualizando de um sistema Linux anterior, não há
razões para se preocupar sobre a manutenção de compatibilidades mais antigas:

<P><a href="19debian.png"><img src="19debian-mini.jpg"></a>

<P>Quando o script de instalação inicializa uma partição, ele te perguntará
se quer realizar um escaneamento de blocos defeituosos. Isto é, basicamente,
uma verificação física da superfície do disco para áreas que estejam
danificadas ou inutilizáveis. Não deve haver nenhuma, e um escaneamento de
bloco provavelmente vai ser a etapa que consumirá a maior quantidade de tempo
no processo de instalação, especialmente para discos rígidos muito grandes.
De qualquer modo, você deve fazer esse escaneamento. Fazê-lo uma vez
nesta configuração habilitará o Linux, no futuro, a escrever os dados somente em
áreas seguras do disco. � um incômodo que acontece uma vez só, mas com muitos
benefícios.

<P>Observe que o Debian geralmente apresenta uma escolha padronizada para o
próximo passo no processo de instalação, e uma escolha alternativa. Nós
quase sempre selecionaremos as escolhas padrões. Uma vez que você tenha
iniciado sua partição Linux, contudo, nós vamos escolher uma alternativa:
montar uma partição previamente inicializada.

<P>O Linux é capaz de ler e escrever informações no formato de sistema de
arquivo VFAT do Windows. Isto significa que nós podemos acessar informações
na partição Windows do disco rígido mesmo que estejamos rodando o Linux. Mas
para facilitar esta capacidade, precisaremos iniciar a partição Windows.

<P>Então selecione "montar uma partição previamente inicializada" e crie um
nome de diretório onde sua partição Windows será acessada. Um nome como
"/win98" ou "/windows" já estão bons.

<P>Você agora precisará instalar o kernel e os módulos do sistema operacional.
Para uma grande quantidade de sistemas, você só precisa escolher os padrões
aqui. Estamos assumindo uma instalação do CD:

<P><a href="22debian.png"><img src="22debian-mini.jpg"></a>

<P>Será necessário configurar módulos de controlador de dispositivos se você
tem uma placa de rede, uma placa de som, uma impressora ou outros dispositivos
além do hardware básico do seu sistema. Por exemplo, se você quer suporte
à impressora, terá que achar o módulo da impressora em módulos diversos.
Você selecionaria diversos, rolaria a tela para baixo na lista de módulos
até ver "lp", e escolheria aquele módulo para ser instalado. Você será
perguntado(a) sobre entrar parâmetros, mas para a maior parte dos módulos,
os parâmetros podem ser autodetectados, então nenhum parâmetro precisa ser
digitado. Você deve ver uma mensagem "instalação bem-sucedida", na qual você
pode, em todo caso, retornar para o menu de módulos e instalar outros
módulos como necessário.

<P>Se você obteve uma mensagem "instalação falhou", precisará dar uma olhada
nos <b>endereços de memória I/O</b> e nas <b>configurações IRQ<b> para
aquele dispositivo no sistema. Esta informação deve estar na lista de
verificação que você preparou anteriormente. Você encontrará, por exemplo,
que para reconhecer uma determinada placa ethernet precisa explicitamente
entrar com algo do tipo:

<P><tt> io=0x280 irq=7 </tt>

<P>Configurar e ajustar seu kernel e módulos, entretanto, é um processo
intrincado que provavelmente você vai querer investigar depois de ter
seu sistema pronto e rodando. Isto está além do escopo deste artigo, mas
é um tópico que cobrimos em outro lugar. Na realidade, foi o tema de nosso
evento Linux.com Live! no Atlanta Linux Showcase deste outono.

<P>O script de instalação apresenta a seguir um menu simples para escolher
o fuso horário no qual você reside.

<P>A seguir você será perguntado(a) se quer definir o relógio do seu sistema
para o fuso horário local ou para o Horário Médio de Greenwich (GMT). O
Windows tem dificuldades em entender o GMT, então em uma máquina em dual boot
provavelmente você vai querer selecionar o horário local. A exceção a isso
seria um laptop, no qual você terá problemas em manter o relógio corretamente
no modo de suspensão, a menos que use o GMT.

<P>O script de instalação então te apresenta com algumas opções sobre
como definir as configurações de boot para seu computador. Estamos
assumindo que esta será uma máquina em dual boot com o LILO administrando
o processo de boot, o que te permitirá escolher entre iniciar o Windows ou
o Linux. O dual boot pode ser feito de outras formas, mas esta é a abordagem
mais direta. Então tenha o LILO instalado no Master Boot Record para o
disco rígido, não apenas no setor de boot da partição.

<P>Você será perguntado(a) se quer ou não fazer um disquete de boot. Isto
é uma boa precaução, mesmo se você normalmente faz a inicialização diretamente
do disco rígido. No caso de problemas -- nós temos visto o Norton Antivírus
tratar o LILO como um vírus, por exemplo -- você será capaz de iniciar o
sistema e fazer correções usando o disquete.

<P>O sistema irá reiniciar neste ponto. Certifique-se de ter removido o CD
do Debian antes do reinício, ou o script de instalação irá recomeçar.

<P>O Linux é um sistema operacional multiusuário seguro. Isto significa que
você explicitamente deve se autenticar no sistema e que você deve
fazê-lo como um(a) usuário(a) particular (não, você não pode fazer o truque do
Windows de simplesmente pressionar a tecla esc quando confrontado(a) com o
prompt de autenticação de usuário(a)/senha). Usuários(as) diferentes em
um sistema Linux têm diferentes privilégios. O usuário "root" tem todos os
privilégios, enquanto usuários(as) finais têm capacidades mais restritas.
Contas de usuário(a) final são tipicamente configuradas para habilitar
usuários(as) para executar programas, ver e editar arquivos, mas
proíbem usuários(as) a habilidade de modificar configurações de sistemas ou
instalar novos programas que teriam grande impacto no sistema.

<P>Este estágio do script de instalação te levará através do básico da
configuração de segurança de usuários(as) e senhas. No mínimo, você deve
criar o usuário root. Nós recomendamos fortemente que você se conecte
como root somente quanto você tiver que fazer a manutenção do sistema.
Você deve criar uma conta de usuário(a) final que você usará para sua
atividade diária. Não só isto fará que seu sistema fique mais seguro,
como também vai te poupar das críticas e provocações de usuários(as)
Linux mais experientes que ficam loucos(as) quando olham "root@" em um
cabeçalho de e-mail ou no servidor IRC.

<P>Originalmente, senhas Unix são armazenadas encriptadas em um arquivo
texto puro lido por qualquer um(a) (este é o /etc/passwd no seu sistema).
Hoje o Linux conta com maiores níveis de encriptação para assegurar a
segurança de senha. Você será perguntado(a) sobre duas possibilidades de
tais sistemas para usar. MD5 é um deles:

<P><a href="30debian.png"><img src="30debian-mini.jpg"></a>

<P>Senhas shadow é outro:

<P><a href="31debian.png"><img src="31debian-mini.jpg"></a>

<P>Nossa preferência pessoal é usar as senhas shadow e não MD5, mas
as opiniões variam enormemente sobre este assunto. O principal ponto é
que você deve instalar ao menos um desses dois.

<P>A seguir você será perguntado(a) a escolher uma senha para o usuário root:

<P><a href="32debian.png"><img src="32debian-mini.jpg"></a>

<P>A senha não vai exibir o que você digita, mas você será solicitado(a) a
redigitá-la de modo a verificar se você digitou o que você acha que digitou.

<P>A escolha apropriada de senha é outro daqueles tópicos que podem inspirar
debates próximos ao fanatismo religioso entre usuários(as) Linux. Tenha em
mente que a maior parte dos PCs hoje são facilmente capazes de verificar
cada palavra no dicionário, ou mesmo uma combinação de duas ou três palavras,
em um processo automatizado de adivinhação de senha. Conecte vários PCs
trabalhando em uma vulnerabilidade de segurança, ou um computador mais
potente, e descobrir uma senha indecifrável torna-se um desafio sério.

<P>Existem diretrizes simples a serem seguidas. Diferente de algumas senhas,
as senhas Linux são sensíveis a maiúsculas e minúsculas. Use isto em sua
vantagem e inclua uma mistura de caracteres maiúsculos e minúsculos. Você
também pode -- e deve -- incluir números e pontuações. O resultado deve ser
algo que não contenha nenhuma palavra na sua língua, mas deve também
ser algo que você possa se lembrar facilmente, e que alguém que conheça você
não possa adivinhar rapidamente.

<P>Aqui estão alguns exemplos:

<UL>
  <LI>Se você teve um cachorro chamado "Rascal" que viveu por 12 anos, você
  poderia combinar o nome e a idade, substituindo "@" pela letra "a", e
  modificar maiúsculas e minúsculas, para chegar a algo to tipo "r@sc@L12"
  como sua senha.
  <LI>Se você conheceu sua esposa nas férias de Paris em 1996, você poderia
  juntar "Paris" e "96" com um sorriso, mas digitando Paris ao contrário,
  para chegar a algo do tipo: "siraP:)96"
</ul>

<P>A seguir você será perguntado(a) para criar uma conta de usuário(a) comum:

<P><a href="33debian.png"><img src="33debian-mini.jpg"></a>

<P>Nós recomendamos fortemente que você faça isso. Você deve usar as mesmas
diretrizes de segurança ao selecionar uma senha de usuário(a) que você
utilizou para escolher uma senha de root, e não crie senhas iguais para ambos.

<P>A seguir você será perguntado(a) sobre a necessidade de módulos PCMCIA:

<P><a href="34debian.png"><img src="34debian-mini.jpg"></a>

<P>Você precisará disso somente se estiver fazendo uma instalação em um
laptop <i>e</i> seu drive de CD-ROM estiver anexado ao laptop por uma placa
PCMCIA.

<h3>Selecionando e instalando pacotes</h3>

<P>Um sistema operacional não é nada sem aplicativos para serem executados
nele. Os aplicativos do Debian são armazenados em pacotes que contêm
informações necessárias para o sistema de administração de pacotes do
Debian, dpkg, manter o acompanhamento de todos os pacotes e dependências
de pacotes no seu sistema.

<P>A interface para o dpkg é um programa chamado apt. O apt precisa saber
um pouco sobre o que você quer instalar e da onde quer instalar. Você então será
perguntado(a) a selecionar a fonte de instalação para o apt:

<P><a href="35debian.png"><img src="35debian-mini.jpg"></a>

<P>O apt é uma parte vital de qualquer sistema Debian e um dispositivo que
você vai apreciar ainda mais ao que seu sistema evolui. Você notará que
uma das opções da configuração do apt é http. Isto habilitará que você
aponte o apt para o site web do Debian e, assumindo que você está
conectado(a) com a Internet naquele momento, instalará ou atualizará um
pacote simplesmente utilizando o comando "apt-get install" ou "apt-get upgrade".
O resto do processo deve funcionar, e vai funcionar, sem problemas em segundo
plano.

<P>Por agora, entretanto, você vai querer direcionar o apt para seu drive de
CD-ROM como a fonte de seus pacotes. Uma vez que tenha terminado a instalação
e feito algumas modificações, você pode reconfigurar o apt para apontar para
um espelho de site web do Debian, possibilitando um método fácil e on-line
para atualizar e modificar seu sistema.

<P>A seguir você será perguntado(a) para escolher entre configurações simples
e avançadas:

<P><a href="36debian.png"><img src="36debian-mini.jpg"></a>

<P>Especialmente se você for novo(a) no Linux, ou mesmo se você é novo(a)
somente no Debian, você realmente vai querer escolher "simples". A instalação
simples significa que você fará mais coisas com o apt após a instalação para
adicionar pacotes ou remover pacotes não necessários, mas isto é relativamente
pouco trabalho. A instalação "avançada" te levará diretamente para o método
antigo de instalação do Debian, o dselect. A menos que você goste passar por
milhares de descrições de pacotes usando uma interface de texto obtusa,
nós recomendamos que você evite o dselect.

<P>A instalação simples te leva a um menu que permite que você escolha grupos
de pacotes relacionados para instalar:

<P><a href="37debian.png"><img src="37debian-mini.jpg"></a>

<P>Você pode obter uma lista exata de pacotes selecionados ao mover o
cursor para um grupo de pacotes e digitar "i". Isto trará uma tela de
informações com uma descrição mais detalhada do grupo e uma lista de
cada pacote no grupo.

<P>Nós recomendamos escolher qualquer pacote associado com o Gnome e qualquer
pacote associado com o sistema X Window. Isto te dará uma estação de trabalho
gráfica e fácil de usar, com grandes capacidades para a Internet, que é
exatamente o que a maioria dos(as) usuários(as) está procurando.

<P>Tradicionalmente, uma das partes mais desafiadoras da instalação do Linux
tem sido o sistema X Window, usualmente conhecido pelo simples X. O X é
o que libera você da linha de comando e te dá uma interface gráfica moderna
para trabalhar. Para fazer o X funcionar adequadamente, contudo, requer
uma configuração apropriada para coordenar a placa de vídeo com seu monitor.

<P>Atualmente a configuração do X é uma tarefa muito simplificada. De fato,
se você tem uma placa de vídeo bem suportada pelo Linux e um monitor com
boa documentação, então a ferramenta de configuração do Debian, o anXious,
deve ser capaz de te levar pelo processo sem dificuldades:

<P><a href="38debian.png"><img src="38debian-mini.jpg"></a>

<P>Com um monitor de 17" ou maior, e uma placa de vídeo recente, você deve
ser capaz de conseguir altas resoluções (talvez 1600 x 1200 pixels) e
profundidade de cores verdadeiras (true color - 32 bits por pixel, ou bpp).
Porém, não fique desapontado(a) se você não pode configurar seu sistema neste
nível de performance já de início. Você conseguirá uma boa área de tela
e cores de tela de alta qualidade se você obter 1024 x 768 pixels e 16 bpp.

<P>A configuração do X é um tópico sutil e complexo, digno de um artigo
só para ela. Nós te daremos este artigo logo. Aqui, nós te levaremos
por essas etapas se você souber qual placa de vídeo e monitor você tem,
se souber as configurações do seu monitor, e se ambos são bem suportados
sob o Linux.

<P>O anXious vai sondar a sua placa de vídeo e reportará o que encontrar.
Ele então perguntará a você sobre instalar fontes. A menos que você tenha
pouco espaço de disco, instale ambas as fontes 75dpi e 100dpi. Você será
perguntado(a) sobre um emulador de terminal. A escolha padrão pelo xterm
deve ser suficiente e, de fato, você não precisará de um programa de
terminal para os propósitos desta instalação.

<P>Em si mesmo, o X faz muito pouco além de fornecer a capacidade de
processar gráficos na tela. O desenho de janelas, menus e ícones, e a
administração desses objetos gráficos, é feito por um programa
chamado administrador de janelas. Uma escolha simples e popular é o
Window Maker, indicado aqui no script de instalação por wmaker. Nós
assumiremos que você fará essa seleção mais a frente neste artigo.

<P>Muitos(as) usuários(as) Linux iniciam seus sistemas diretamente para a
interface de linha de comando e vão para o X somente se necessário. Isto
pode ser um choque para usuários(as) Windows acostumados(as) com um ambiente
gráfico a todo momento. Nós recomendamos, portanto, que você instale o xdm,
o administrador de tela do X, que iniciará o X automaticamente para você
e trará a tela de autenticação gráfica quando você iniciar o sistema.

<P>A seguir você será perguntado(a) sobre o tipo de mouse. O tipo mais comum
hoje é o PS/2, e a menos que você saiba o contrário, provavelmente é o que
você deve assumir. Se seu mouse tem apenas dois botões, você pode optar pela
emulação de três botões. Isto fará com que pressionar dois botões
simultaneamente emule os efeitos de clicar em um terceiro botão.

<P>Se você selecionou o PS/2 como o tipo do seu mouse, então o dispositivo
Linux para isso será /dev/psaux. Você deve entrar esta informação quando
requisitado(a).

<P>Provavelmente você tem um teclado padrão US, e deve entrar com a seleção
de acordo.

<P>A seguir você será perguntado(a) por diversas informações sobre
seu monitor e placa de vídeo. Certifique-se de que tem essa documentação
à mão e digite de acordo. Para taxas de sincronização vertical e horizontal,
escolha a taxa que mais perto chegue às suas especificações, ou escolha
"personalizado" e entre com a taxa exata da documentação do seu monitor. Entre
com o valor de memória apropriado para sua placa. Não é provável que você
necessite de uma configuração de clockchip com as placas de vídeo atuais,
então entre com "nenhum" neste ponto, e no próximo não sonde por configurações
de clock.

<P>Você deve tentar definir a profundidade padrão de cor para 32 bpp, já que
isto vai te dar gráficos "true color" (para usar a expressão do Windows).
Você vai querer uma resolução padrão de, ao menos, 1024x768, e provavelmente
deve escolher uma resolução maior. Observe que se seu computador não suporta
a profundidade de cor ou a resolução que selecionou, ele vai escolher as
melhores configurações que puder achar. Então um pouco de adivinhação aqui
não fará nenhum mal. Somente certifique-se de que 1024x768, 800x600 e 640x480
estão selecionadas como "resoluções suportadas".

<P>A seguir você será solicitado(a) a criar um arquivo de configuração do X.
Se tudo correu bem, o X deve estar configurado com sucesso e pronto para ser
instalado agora, com o Window Maker definido como seu administrador de janelas
padrão.

<P>Neste momento, o script de instalação tem toda as informações que precisa
para iniciar a configuração do seu sistema. Existem algumas perguntas de
configuração específicas de pacotes que serão feitas, mas neste estágio seu
computador começará a fazer a instalação de pacotes:

<P><a href="39debian.png"><img src="39debian-mini.jpg"></a>

<P>Este processo levará de dez minutos a uma hora, ou mais, dependendo da
velocidade do seu processador, quantidade de RAM e espaço de swap disponível.
Uma máquina recente e de ótima qualidade como o Pentium, com ao menos 64MB de
RAM, deve ser capaz de completar este estágio em menos de meia hora.

<P>Você será solicitado(a) a responder algumas questões ao longo do caminho, e
a única série de questões que requerem algo diferente da resposta padrão é
a configuração de e-mail. O Debian usa um programa chamado exim como seu
administrador padrão de e-mail. Para entender o significado dessas questões,
você precisará entender um pouco sobre como o e-mail funciona.

<P>O e-mail requer três funções separadas: ele deve ser <b>transferido</b>
do sistema de origem para o destino; ele deve ser <b>distribuído</b>
no sistema de destino para o(a) usuário(a) correto(a); e ele deve ser
<b>visto</b> por um cliente de e-mail. Alguns programas fazem mais de uma
dessas funções. O Netscape, por exemplo, não só pode ser um cliente de e-mail,
como também baixar e-mails de um servidor, significando que ele pode fazer
parte do trabalho de transferência e distribuição. O Linux tem diversos
programas, como o Fetchmail e o Popclient, que também podem ser usados para
baixar os e-mails, e vários clientes de e-mail como Elm, Pine e Mutt. A maior
parte dos clientes (Pine sendo uma exceção) precisa conhecer o servidor de
e-mail quando envia as mensagens para realizar a transferência. Tipicamente,
seu provedor de Internet tem tal servidor e fornecerá as informações sobre
como usá-lo quando você se registra em uma conta discada.

<P>O Exim é um agente de transferência de e-mail. Ele sabe como transferir
e receber e-mails de outro servidor de e-mail. Ele também sabe como distribuir
e-mails aos(às) usuários(as) em um sistema. Enquanto o exim não é estritamente
necessário em uma máquina Debian conectada à Internet por linha discada, de
qualquer modo ele é um substituto útil para defeitos do provedor de Internet.
Ele ajuda quando, ao instalar outros programas, eles assumem que você tem
instalado um agente de transferência de e-mail funcionando. Então, configurar
o exim não é absolutamente necessário, mas é uma boa ideia.

<P>Você será apresentado(a) a cinco escolhas genéricas para a configuração
do exim. Note que a opção 2 diz "provavelmente, isto é o que você quer para
uma máquina com conexão discada". Escolha essa opção.

<P>Para o nome visível do e-mail, outros nomes, retransmissão, suporte a IPv6
e suporte a RBL, você pode simplesmente escolher as respostas padrões.

<P>Você será perguntado(a) sobre um smart host. Este é o servidor de e-mail do
provedor de Internet. Se seu provedor é o "foo", isto provavelmente será algo
do tipo smtp.foo.com ou mail.foo.com.

<P>Para postmaster-mail entre com "nenhum". Isto não é uma escolha ideal, mas
até que você fique mais familiarizado(a) com o Debian, vai te poupar de ter
sua caixa de entrada lotada de e-mail de sistemas arcanos.

<P>Você será solicitado(a) a confirmar as escolhas já feitas. � isso. O
resto da instalação de pacotes deve proceder sem impedimentos até que você
seja perguntado(a) sobre servidores X. Diga "não" para servidor vga como
padrão e "sim" para servidor svga como padrão.

<P>Quando você ver a mensagem "Pressione enter para continuar", você completou
a instalação de pacotes.

<h3>Configurando o sistema</h3>

<P>O que você faz agora?

<P>Relaxe. Você completou sua instalação do Debian. Você tem uma versão
totalmente funcional do Debian GNU/Linux no seu computador. Claro que
você ainda tem algumas configurações para fazer, para que o computador
faça as coisas que você deseja. Especificamente, nós estamos assumindo que
este é um sistema com dual boot para ser conectado à Internet por linha
discada. Por isso nós precisaremos configurar o processo de boot para
reconhecer o Windows e dar a você a escolha na inicialização. E nós
precisaremos definir e configurar um programa de dial-up para que você
possa conectar ao seu provedor de Internet. Este último também nós
permitirá olhar como funciona a instalação e atualização de pacotes.

<P>O que está sendo apresentado a você é um prompt de login. Normalmente,
você se autenticaria como um(a) usuário(a) comum para fazer tarefas
rotineiras. Agora, contudo, nós queremos fazer a manutenção do sistema,
então você deve se conectar com o nome de usuário "root" e com a senha
de root que você escolheu durante a instalação.

<P>A configuração de sistema no Linux é realizada usando-se arquivos textos
puros. A maioria desses arquivos residem no diretório /etc. Mexer na
configuração significa editar esses arquivos, o que significa que você
terá que se acostumar com um editor de texto. Para usuários(as) experientes
do Linux, isto normalmente significa decidir por um dos veneráveis, e
pau para toda obra, programas de edição como emacs ou vi. Usuários(as)
Linux experientes também sentem-se confortáveis usando uma janela de
terminal e trabalhando pela linha de comando. Uma janela de terminal como
xterm, eterm ou gnome-terminal abrem uma janela para a interface de
linha de comando dentro do ambiente gráfico do X. Pense nisso como abrir
um shell do DOS no Windows.

<P>Iniciantes, contudo, podem querer algo um pouco mais simples. De fato,
você pode realizar todas as tarefas básicas de administração de sistema de
que precisará com somente três ferramentas muito familiares: GMC, Gnome-run
e Gnotepad.

<P>A maior parte dos(as) usuários(as) Windows estão acostumados(as) com editores
gráficos de apontar e clicar, e o Linux também os tem. Se você seguiu todos
os passos de instalação até este ponto, você deve ter o editor Gnotepad
instalado; ele apresenta uma interface muito parecida com o Wordpad ou o
Notepad do Windows.

<P>A maior parte dos(as) usuários(as) Windows também estão acostumados(as) com
o campo "executar" no menu "Iniciar" do Windows. Isto abre uma caixa de
diálogo que te permite rodar um único comando Windows. O Gnome-run fornece
esta mesma capacidade dentro do X.

<P>Finalmente, a maior parte dos(as) usuários(as) Windows estão acostumados(as)
com o Windows Explorer como um programa simples de apontar e clicar para
navegação de arquivos. O GMC fornece este mesmo estilo de interface, como um
administrador de arquivo dentro do X.

<P>Os programas disponíveis do X podem ser acessados de um menu, como no
Windows. Em vez de ancorar esse menu em um botão "iniciar", contudo, você
acessará o menu ao apontar o cursor para a área de trabalho e clicar uma
vez com o botão direito do mouse.

<P>Abaixo de Apps -&gt; Ferramentas você encontrará o GMC. Abaixo de XShells
você encontrará o gnome-run. Uma vez que o GMC esteja rodando, você pode editar
um arquivo ao colocar o cursor sobre o ícone daquele arquivo, clicar uma vez
com o botão direito do mouse, selecionar "abrir com" do menu resultante, e então
escolher gnotepad da lista de aplicativos.

<P>Para configurar seu sistema para dual boot, execute GMC. Escolha a pasta
marcada "etc" e encontre o ícone de arquivo para um arquivo chamado "lilo.conf"
na parte direita da janela do GMC:

<P><a href="63debian.png"><img src="63debian-mini.jpg"></a>

<P>Clique com o botão direito nesse ícone e selecione "copiar" do menu. Isto
deverá trazer uma caixa de diálogo com "/etc" nela. Anexe isto para ler
"/etc/lilo.old" e clique em OK.

<P>Agora você fez uma cópia de segurança do lilo.conf, o arquivo de configuração
que o LILO usa para determinar como inicializar seu sistema. Este é um passo
importante. Nós vamos modificar esse arquivo agora e se alguma coisa der errada,
você pode restaurar a versão original da cópia de segurança.

<P>Agora, uma vez mais encontre o ícone do lilo.conf e clique com o botão
direito nele. Desta vez, escolha "abrir com" e selecione Gnotepad da lista
de aplicativos. Isto vai abrir o lilo.conf para edição no Gnotepad:

<P><a href="65debian.png"><img src="65debian-mini.jpg"></a>

<P>O que temos que fazer é realmente muito simples. Nós precisamos instruir
o LILO a nos perguntar pela escolha de sistemas operacionais e nós precisamos
adicionar uma entrada de sistema para o Windows. A primeira parte nós já
terminamos ao adicionar uma linha que simplesmente diz "prompt" no topo do
arquivo lilo.conf.

<P>Você vai observar uma linha que diz "default=linux". Isto significa que a
sequência de boot do Linux foi rotulada de Linux e é o padrão se nenhuma outra
ação for feita quando o LILO inicia. Nós precisamos rotular uma alternativa para
o Windows e dizer ao LILO onde encontrar o Windows no seu disco rígido. Nós
podemos fazer isso com duas linhas. Assumindo que você tem um disco rígido
IDE, as duas linhas seriam:

<pre>
other=/dev/hda1
  label=win
</pre>

<P>Esta configuração significa que, quando o LILO inicia o processo de boot,
ele te fornecerá um prompt como este: "LILO:". E então ele aguardará que
você digite ou "linux" ou "win" e fará o boot ou no Linux ou no Windows,
respectivamente.

<P>Uma vez feitas essas adições no lilo.conf, você deve salvar essas
alterações e sair do Gnotepad. Você agora tem mais um passo vital para fazer.

<P>Tudo correu bem ao alterar o lilo.conf, mas você também deve alertar o
LILO que seu arquivo de configuração foi alterado. Você pode fazer sso
abrindo o gnome-run, digitando "lilo" na caixa de diálogo e selecionando
executar. A menos que você tenha um desejo perverso em aprender sobre
discos de recuperação do Linux, você deve rodar o lilo para atualizar as
mudanças toda vez que fizer uma alteração no lilo.conf:

<P><a href="66debian.png"><img src="66debian-mini.jpg"></a>

<P>Agora você tem um sistema com dual boot configurado.

<h3>Um breve olhar sobre a atualização do Debian</h3>

<P>O Linux oferece uma fartura de programas para Internet discada. Um dos
mais robustos e fáceis de usar é um programa chamado wvdial. Se você seguiu
todos os passos até agora, o wvdial ainda não está instalado no seu sistema.
Você está a poucos passos de tê-lo instalado e configurado, e ter um sistema
Debian pronto para Internet.

<P>Insira seu CD do Debian no drive de CD-ROM. A seguir abra o gnome-run e
entre com "apt-get install wvdial". Abra o gnome-run novamente e entre com
"wvdialconf". Você acabou de instalar o wvdial e definiu um arquivo de
configuração básica para ele.

<P>Você vai precisar ajustar o arquivo de configuração básica. No GMC, encontre
o arquivo /etc/wvdial.conf. Abra este arquivo com o Gnotepad. Você verá que ele
tem linhas para o número de telefone, nome de usuário(a) e senha. Você precisará
entrar com o número para discar para seu provedor de Internet, o nome de
usuário(a) que seu provedor de Internet designou a você e a senha que o
provedor te informou. Então salve o arquivo e saia.

<P>Agora você deve ser capaz de conectar ao seu provedor de Internet ao abrir
gnome-run e digitar "wvdial".

<P>Neste momento, seu sistema Debian está configurado para reconhecer o CD do
Debian como sua fonte de instalação e atualização. Enquanto você
aprende a lidar com o Debian, isto está de bom tamanho. Se descobrir um novo
pacote que você queira instalar, apenas insira o CD e execute "apt-get install"
seguido do nome do pacote.

<P>No futuro, contudo, você pode querer atualizar para versões mais recentes do
que aquelas que o CD fornece. Isto significa obter as atualizações do site web
do Debian. Primeiro, você precisa fazer o apt reconhecer o site web do Debian
como sua fonte.

<P>No GMC, encontre o arquivo /etc/apt/sources.list e abra-o com o Gnotepad.
Você vai perceber uma quantidade de linhas neste arquivo que se iniciam com "#".
Isto é um símbolo convencional no Linux para uma declaração de comentário, ou
seja, uma declaração que é lida por humanos, mas ignorada por máquinas. Se você
vive nos Estados Unidos, você pode remover o "#" do começo desta linha:

<P><tt> #deb http://http.us.debian.org/debian stable main contrib non-free </tt>

<P>Se você vive fora dos Estados Unidos, você pode remover o "#" do começo desta
linha:

<P><tt> #deb http://non-us.debian.org/debian-non-US stable/non-US main contrib non-free </tt>

<P>Em qualquer caso, você agora pode adicionar um "#" no começo da linha que
começa com "deb cdrom".

<P>Agora, para instalar os pacotes, você precisará estar conectado(a) na
Internet. De outro modo, o procedimento é o mesmo: executar
"apt-get install [pacote]".

<P>Para atualizar os pacotes, você precisará fazer algumas coisas.
Periodicamente, você precisa rodar o comando "apt-get update". Isto atualizará
seu banco de dados do sistema com as versões atuais dos pacotes. Você pode
então atualizar um pacote sempre que estiver conectado(a) à Internet
simplesmente executando "apt-get upgrade [pacote]".

<P>Parabéns. Você entrou com sucesso para a comunidade de usuários(as) do
Debian. � um mundo rico e complexo, mas com muito a oferecer, e você agora
tem as ferramentas para explorar com segurança por conta própria.

<hr>

<P>Sobre o autor: Mark Stone é Diretor de Serviços de Desenvolvimento na <A
href="http://www.osdn.com";>OSDN</A>, Open Source Development Network.
Ele é um autoproclamado usuário Red Hat, mas está começando a pensar que o
Debian pode ter alcançado seus padrões de facilidade de uso.

<P>Este artigo foi disponibilizado sob os termos da <A
href="http://www.opencontent.org/openpub/";>Open Publication License</A>.
Você é encorajado(a) a comentá-lo e manter seus comentários disponíveis para
futuras versões deste artigo. Como o software, os documentos servem melhor
à comunidade quando são documentos abertos e cheios de vida.

<P>Versão: Quinta-feira, 19 de outubro de 2000, 09:32:57

<P>Obrigado ao Mark Stone por nos permitir publicar este artigo em seu site web.
O artigo original pode ser encontrado em <A
href="http://www.linux.com/firststep/installguide/debian/";>Linux.com</A>.

# O autor Mark Stone <mstone@valinux.com> diz:
# Por favor, me informe sobre quaisquer correções que apareçam, ou pontos que
# alguém sinta-se motivado(a) a adicionar mais detalhes. Eu gostaria de ver este
# guia crescer e melhorar.


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