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Deputados americanos pedem análise do petista



O Estado de S. Paulo, Sexta-feira, 4 de outubro de 2002

Deputados americanos pedem análise do petista

Republicanos querem saber se Lula poderia ser ameaça à política de segurança dos EUA

PAULO SOTERO  Correspondente

WASHINGTON – Doze deputados republicanos enviaram carta na quarta-feira ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para pedir que o Departamento de Estado analise as críticas do petista Luiz Inácio Lula da Silva à adesão do Brasil ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares "e avalie a ameaça que sua política representa para a segurança dos EUA e do Hemisfério Ocidental".

Lula esteve há duas semanas na Escola Superior de Guerra e afirmou, em discurso, que a adesão ao TNP – feita pelo atual governo – só faria sentido se todos os países que têm armas nucleares abrissem mão delas. A carta diz que "evitar a proliferação de armas nucleares é uma das mais altas prioridades dos EUA, da América Latina e das Nações Unidas". E acrescenta que o acordo de Brasil e Argentina, de renúncia à fabricação de armas nucleares, "liberou centenas de milhões de dólares nos dois países para uso em propósitos sociais pacíficos".

Fórum – A carta, enviada com cópias para os secretários de Estado, Colin Powell, e de Defesa, Donald Rumsfeld, e a conselheira de Segurança, Condoleezza Rice, é o primeiro sinal da mobilização de um setor da direita dos EUA diante do favoritismo do principal líder da esquerda brasileira. O governo Bush tem declarado que vai trabalhar com qualquer que seja o eleito.

Os republicanos mencionam a participação de Lula "no grupo antiglobalização Fórum de São Paulo", que parece ser mais conhecido nos EUA, especialmente entre a ultra-direita, que em São Paulo. A carta foi enviada ao Estado por Constantine Menges, do arquiconservador Hudson Instituto. Em agosto ele publicou artigo no jornal Washington Times dizendo que a eleição de Lula levaria à criação de um novo "eixo do mal" nas Américas, com os presidentes de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A carta reflete o alarme de Menges. "Esse grupo, que tem ligações com movimentos comunistas e radicais de todo o mundo, fez seu encontro mais recente em Havana, em 2001", dizem os deputados. "A liderança do sr. da Silva nessas reuniões anuais, suas antigas relações e admiração pelo ditador comunista e patrocinador do terrorismo Fidel Castro, e declarações sobre não-proliferação nuclear levantam graves questões sobre as políticas internacionais que um governo do Brasil poderia trilhar sob sua Presidência."

Para receber o texto completo, em inglês, da carta dos deputados americanos ao presidente Bush,  clique em CartaDeputados

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